Operação Espelho Meu desarticula organização criminosa que entregava celulares para presos dentro de presídios

O uso desses celulares, cujos aparelhos são conhecidos no mundo do crime como “espelho”, viabilizava práticas criminosas como corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga praticados por integrantes de organização criminosa
Policiais militares entrando em território do crime organizado, na operação Espelho Meu, que desarticulou as ações criminosas. Foto: Divulgação GAECO
quinta-feira, 19 outubro, 2023

O Ministério Público de Minas Gerais, através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) da Regional Governador Valadares e da 11ª Promotoria Criminal de Governador Valadares, deflagrou, nesta quinta-feira (19/10), a Operação “Espelho Meu”, com o objetivo de apurar a facilitação do ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga praticados por integrantes de organização criminosa. 

Nas investigações, os policiais identificaram que a organização criminosa contribui, mediante pagamento, para o ingresso de aparelhos celulares, drogas e outros itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio desses aparelhos pelos presos.

A facilitação para o ingresso dos referidos itens envolve servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas, outros escolhidos como “faxinas” nos pavilhões, além de alguns entes familiares dos envolvidos.

Os aparelhos celulares, de grande valor comercial e principal objeto de uso ilícito no interior dos estabelecimentos prisionais para prosseguimento das práticas criminosas extramuros, é apelidado, pelos custodiados, de “espelho”, apelido que deu nome à “Operação Espelho Meu”. 

Os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico ilícito de drogas e crimes violentos nos territórios dominados por eles, e ainda auferiam lucros com aluguéis ou revendas dos celulares aos demais presos da unidade prisional.

Foram cumpridas, além de outras cautelares, 17 (dezessete) mandados de busca e apreensão e 01 (um) afastamento de função pública, determinados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares. A operação ocorreu nas cidades mineiras Governador Valadares, Ponte Nova, Francisco Sá e Belo Horizonte e nas cidades de Vitória e Serra no Estado do Espírito Santo.

Nesta operação, a força policial foi integrada por policiais da Polícia Militar, Polícia Civil e a Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, o GAECO/BH, o GAECO/Ipatinga e o GAECO do Espírito Santo.

Participaram da operação 6 (seis) promotores de justiça dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, 53 (cinquenta e três) policiais militares, 1 (um) policial civil, 23 (vinte e três) policiais penais e 12 (doze) policiais militares do Estado do Espírito Santo.

A operação contou com o apoio do helicóptero Pégasus e cães farejadores.

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