Flamengo e Atlético fizeram um jogo de muitos gols, diante de 70 mil torcedores no estádio do Maracanã.
O rubro-negro começou melhor e fez 2 gols ainda no primeiro tempo, com Arrascaeta e Gabigol, em dois vacilos da defesa atleticana. Já o Galo só levou perigo uma vez, num chute de primeira de Scarpa, que passou perto do gol defendido por Rossi.
Veio o segundo tempo e o Atlético até começou melhor, mas o time voltou a falhar na marcação e num rápido contra-ataque, viu Gabigol marcar mais uma vez, fazendo 3x0.
Foi então que Gabriel Milito mexeu no time e colocou Alan Kardec e Alisson. Dessa maneira, voltou a jogar com um centroavante de área, formação que deu muito certo contra o River Plate na Libertadores.
O time se organizou e passou a pressionar o Flamengo e o gol não demorou a sair. Kardec, como um matador, chutou forte sem chances pro goleiro argentino Rossi, e fez o gol que recolocou o Galo de volta na disputa da taça.
E poderia ter feito pelo menos mais um não fosse o nervosismo de alguns jogadores como Hulk e Paulinho, que não estavam numa tarde feliz.
O jogo de volta será no próximo domingo na Arena RMV e o Galo precisa de 3 gols para reverter a vantagem, ou 2 gols para levar a decisão para os pênaltis. Vamos ver se Gabriel Milito vai manter o time que terminou o jogo ou vai voltar a improvisar Guilherme Arana no meio.
Arana vem sendo um dos grandes destaques do time, atuando em sua posição de origem, a lateral esquerda, sendo inclusive convocado mais uma vez para a seleção brasileira. Jogando de meia atacante ele pouco produziu, já que além de não ajudar na marcação, também não incomodou a defesa flamenguista.
Vale lembrar que em todos os títulos importantes na história do Galo ou nos grandes times que marcaram a história do clube, o Atlético sempre jogou com camisa 9 de referência, o centroavante goleador, que decide os jogos e os campeonatos.
Foi assim no primeiro título do Campeonato Brasileiro, em 1971, com Dadá Maravilha, com Reinaldo de 1978 a 1981, Valdir Bigode em 1997, pela Copa Conmebol e Copa Centenário com o Bigode fazendo o gol do título em cima do Cruzeiro.
Outros que brilharam em decisões foram: Guilherme, em 1999; Jô, no título da Libertadores de 2013; Diego Tardelli, que fez o gol do título da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e, finalmente, em 2021, quando o Galo voltou a conquistar o Campeonato Brasileiro.
Se Gabriel Milito consultar a história do Galão da Massa, certamente vai optar por jogar dessa maneira no jogo de volta contra o Flamengo, no próximo domingo, em Belo Horizonte.
Sobre o autor:
Hermínio Fernandes é comentarista esportivo e escreve nas edições impressas do JC.