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Polícia Federal do Brasil deflagra "Operação Siblings" contra migração ilegal para os Estados Unidos

A operação aconteceu nesta quarta-feira (26/2) com prisões e apreensões de material em poder da quadrilha. O sequestro de bens dos criminosos pode chegar a R$ 43 milhões
Durante a operação, foram realizadas duas prisões em flagrante, uma por posse irregular de munição e outra por resistência, além da apreensão de documentos, dinheiro em espécie, joias e veículos. Foto: Polícia Federal do Brasil
quarta-feira, 26 fevereiro, 2025

A Polícia Federal do Brasil deflagrou nesta quarta-feira (26/2), a operação Siblings, a maior operação contra o contrabando de migrantes para os Estados Unidos.

Os policiais federais atuaram sob ordem judicial do juízo da 3ª Vara Federal de Organizações Criminosas de Belo Horizonte.

Os policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão (11 em Governador Valadares, 2 no Espírito Santo e 1 no Distrito Federal), além de 11 medidas cautelares diversas de prisão, como a apreensão de passaportes, e o sequestro de bens que pode chegar a até R$ 43 milhões, com o bloqueio de contas bancárias.

As investigações revelaram que o grupo criminoso, liderado por uma família em Governador Valadares, era responsável pelo agenciamento de 669 migrantes, que eram encaminhados para os EUA via México.

A organização também contava com núcleos especializados na captação de migrantes, na compra de passagens aéreas, reservas de hotéis, falsificação de documentos públicos e na criação de contas bancárias em nome de terceiros para o recebimento de valores provenientes das vítimas.

Durante a operação, foram realizadas duas prisões em flagrante, uma por posse irregular de munição e outra por resistência, além da apreensão de documentos, dinheiro em espécie, joias e veículos.

Essa é a maior operação de contrabando de migrantes já realizada pela Polícia Federal em Governador Valadares, considerando o número de vítimas identificadas. Estima-se que, com a análise do material apreendido, mais de 1.500 pessoas, entre maiores e menores de idade, sejam identificadas como vítimas da organização criminosa.

Os envolvidos responderão pelos crimes de participação em organização criminosa, promoção de migração ilegal, envio irregular de crianças ou adolescentes para o exterior, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsificados, com penas que podem ultrapassar 33 anos de reclusão.

Por Alpiniano Silva Filho, jornalista do JC e da IFJ, com informações da Polícia Federal do Brasil

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