O grande número de migrantes, de vários países, dentre estes, o Brasil, preocupa as autoridades americanas, que negociaram com o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, a aplicação de medidas mais duras, do lado do México, para intimidar o avanço as pessoas em direção à fronteira.
Isso fez com que o México aplicasse leis mais rigorosas para dificultar a travessia da fronteira. O governo mexicano aumentou as deportações de migrantes para os seus países de origem e deu fim às rotas de ônibus que eram operadas por cartéis que criam facilidades para a travessia.
As medidas deram certo, em parte, e reduziu a migração ilegal em 50% no início de janeiro, informou a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.
O governo estadunidense reconhece que a repressão feita pelo México está longe de resolver o problema e aimigração ilegal continua bem alta que na década de 2010. Isso causa sérios problemas para o prefeitos e governadores, e o governo federal, que enfrentam dificuldades impostas pelo déficit de moradia e desenvolvimento dos serviços sociais.
Os políticos democratas, de ideais progressistas, consideram que uma forma de reduzir a imigração ilegal é a redução da pobreza nos países que mais enviam seus cidadãos para os Estados Unidos. Os republicanos que se opõem a essa ideia, sustentam que uma segurança ostensiva e eficiente na fronteira é capaz de conter ou reduzir de forma drástica esse fluxo migratório.
Essa ideia move o pensamento e o discurso do ex-presidente Donald Trump, que tem feito discursos duríssimos contra a imigração ilegal, prometendo, caso se eleja presidente dos Estados Unidos, fazer a maior deportação de imigrantes ilegais da história.
A situação preocupa. O presidente Joe Biden jogou a responsabilidade ao Congresso, alegando que fecharia a fronteira com o México caso deputados e senadores aprovem um projeto de lei para tornar essa ação legal. A mesa está posta
Tim Filho, jornalista, associado à IFJ - International Federation of Journalists