O Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido por AVC, AVE ou derrame, é responsável por 6 milhões de mortes a cada ano, sendo ainda, o principal causador de incapacidade no mundo. Segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil, no primeiro semestre deste ano, 50.291 pessoas foram vítimas dessa doença, que afeta todas as idades, classes sociais e gêneros.
Durante todo o ano passado, foram mais de 114 mil mortes decorrentes de AVC – que pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, chamado de acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico, sendo esse último o maior causador de mortes.
Por se tratar de uma alteração do fluxo de sangue ao cérebro, cada minuto faz a diferença na vida dos acometidos por essa enfermidade. Isso porque, a cada minuto que o AVC isquêmico não é tratado, a vítima pode perder 1,9 milhões de neurônios.
Daí, a importância do socorro ser realizado com rapidez, uma vez que assim, é possível evitar sequelas permanentes, como redução de movimentos, perda da memória, prejuízo à fala, bem como diminuir, drasticamente, o risco de morte.
A fim de mostrar que por detrás desses números, há vidas que não voltam mais, além de sequelas e familiares/amigos que sofrem pela perda de um ente querido, a Prefeitura de Valadares, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), trabalha para aumentar a conscientização da população acerca da prevenção do AVC, especialmente, nesta data (29/10), que foi instituída como sendo o Dia Mundial do AVC - momento em que são desenvolvidas ações para alertar sobre a gravidade desta enfermidade, com destaque para a prevenção, diagnóstico precoce e importância do atendimento imediato para salvar vidas e evitar sequelas.
AVE no HM
O Hospital Municipal de Governador Valadares conta como uma unidade exclusiva para tratamento de pacientes acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE).
A unidade, que foi inaugurada em setembro de 2021, contava com apenas 5 leitos. Mas, em agosto do ano passado, esse número dobrou e hoje são 10 leitos, nos quais os pacientes internados para tratamento por AVE são assistidos por uma equipe multidisciplinar composta por neurologistas, enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudióloga, psicólogo, assistente social e nutricionista – que, juntos, são responsáveis pela recuperação dos pacientes.
Essa equipe também é quem previne complicações como infecções e inicia precocemente a reabilitação dos pacientes, trombolíticos ou não, fazendo a diferença no tratamento e recuperação de muitos deles.
E o trabalho humanitário, de qualidade, realizado em conjunto e com agilidade, garantiram vidas salvas na Unidade AVE do HM, no ano passado. De junho a dezembro de 2022, foi registrada apenas uma morte no local; sendo ela em setembro.
Até maio deste ano, já temos 5, por isso é fundamental o socorro imediato e levar a informação a todos.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social