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UTI pediátrica do HM: setor onde pulsa o amor e a gratidão

O espaço conta com uma estrutura diferenciada e equipamentos modernos para atender casos que demandam cuidados intensivos e especializados
No terceiro andar do Hospital Municipal, a fragilidade da vida se mistura a sentimentos de esperança, fé e resiliência. Divulgação PMGV
quarta-feira, 26 março, 2025

No terceiro andar do Hospital Municipal, a fragilidade da vida se mistura a sentimentos de esperança, fé e resiliência. É lá que funciona a ala que é o coração do hospital, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica – referência no atendimento infantil de alta complexidade para crianças de Valadares e região.

Além de frases motivacionais e adesivos do personagem “O Pequeno Príncipe”, o espaço conta com uma estrutura diferenciada e equipamentos modernos para atender casos que demandam cuidados intensivos e especializados. Nesta época do ano, por exemplo, grande parte dos atendidos no local estão com patologias respiratórias, como Bronquiolite, asma e pneumonias.

E não é só isso: a UTI pediátrica tem um diferencial; uma equipe multiprofissional qualificada, dedicada e engajada que atende os pacientes e seus familiares com humanização e muito amor. Este é o caso do pequeno Calebe, de apenas 2 meses, que está a 17 dias na UTI pediátrica, sob os olhos atentos da mãe, Camila Gomes Amâncio.

“Quando ele foi diagnosticado primeiro com pneumonia e, depois com bronquiolite, eu só sabia chorar. Mas, recebi todo acolhimento e apoio desses profissionais fantásticos e entendi que, naquele momento, o melhor para meu filho era ser entubado. E assim foi feito. Graças a Deus, ao trabalho e o empenho de toda equipe, ele está se recuperando bem e já está respirando sem a ajuda de aparelhos. Diante desse milagre, só me resta agradecer aos médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e a cada um que salvou a vida do Calebe e que está cuidando da gente. A cada um de vocês, minha eterna gratidão! Vocês são maravilhosos e serão levados para sempre no meu coração”, desabafou.

Calebe e tantas outras crianças tiveram a sorte de nascer em uma época Valadares conta não só com UTI pediátrica, mas também neonatal e com outros serviços e setores que não existiam a alguns anos.

“Quando cheguei em Valadares, em 2018, não existia UTI semi-intensiva e nem pediátrica. Quando eu precisava entubar alguma criança, eu só desejava que aparecesse uma vaga para ela em outro hospital para que tivesse um desfecho melhor, mais favorável, porque aqui não tinha condições de tratá-la. Então em 2022, a gente conquistou a UTI pediátrica e hoje oferecemos suporte e tecnologia igual ou melhor do que em outros hospitais de ponta. E nós temos um compromisso muito grande com essas crianças e também com seus familiares, que vai além do cuidado médico. É coisa que só o coração consegue explicar”, pontuou a médica responsável técnica pela UTI pediátrica, Sâmara Nacur.

Além disso, o HM ainda forma intensivistas pediatras, o que garante um serviço cada vez mais especializado para os pequenos. “A UTI pediátrica não existia e agora estamos construindo este setor a partir do nosso próprio serviço. Aqui a gente coloca em prática o que aprendemos na faculdade”, definiu a residente médica da UTI pediátrica, Anna Paula Lima.

O enfermeiro intensivista da UTI pediátrica, Iccaro Hiller Maurício completou. “Aqui trabalhamos com uma equipe multiprofissional, composta por profissionais de medicina, enfermagem, psicologia, serviço social, dentre outros, e juntos nós desenvolvemos o plano terapêutico que é extremamente necessário, que garante uma assistência eficiente e de excelência para o paciente e sua família”.

Apoio e suporte emocional

Para casos como o de Calebe e de outros pacientes, em que a família ou o próprio paciente necessitam de suporte emocional e/ou apoio psicológico, o HM conta com o Serviço de Psicologia.

“Somos 7 profissionais que atuamos na ortopedia, Pronto socorro adulto e infantil, pediatria, UTI e outros. Nós acolhemos, ouvimos e entendemos as famílias, suas dores, ansiedades e angústias a fim de tornar mais leve e confortável o processo pelo qual elas estão passando. No caso de crianças, a gente possui brinquedos, desenhos para que elas possam colorir e, assim, facilitar um pouco a estadia no hospital. E se são casos de violência doméstica, fazemos acompanhamento e encaminhamos para que, fora daqui, essas pessoas não tenham seus direitos violados. Tem também casos de abandono, de morte e por aí vai. Ninguém fica desassistido; ou é acompanhado pela nossa equipe ou recebe encaminhamento para a rede pública de saúde”, explicou a psicóloga do HM, Mariana Dias de Moura.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social

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