Na manhã desta quarta-feira (9/4), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar (PMMG) deflagraram a operação Coroa de Barro, em Governador Valadares, Leste do estado. A ação, que teve como foco a repressão ao crime organizado na região, resultou em 12 prisões e no cumprimento de 32 mandados de busca e apreensão.
Os trabalhos policiais realizados hoje são desdobramento da operação Coroa de Ferro, desencadeada em novembro de 2024. Segundo o delegado responsável pela ação, Ciro Roldão de Carvalho, a organização criminosa alvo atuava de maneira violenta em Governador Valadares, com prática de homicídios e tráfico de drogas.
Além disso, os levantamentos apontam que o grupo estava expulsando e coagindo os moradores de residenciais para tomar posse de imóveis. Durante as investigações, também foi descoberto que a organização promovia eventos sociais com o objetivo de conquistar a simpatia da população local e, assim, facilitar suas ações ilícitas.
Do total de detidos, seis estavam com mandado de prisão temporária e seis foram autuados em flagrante (dois deles efetuaram pagamento de fiança, conforme previsão legal). Os suspeitos poderão responder pelos crimes de homicídio, tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores, esbulho possessório, receptação e falsidade ideológica.
Após a formalização dos procedimentos de polícia judiciária da Delegacia de Plantão, os presos seguirão para o sistema prisional.
Apreensão e efetivo
No curso da operação, foram apreendidos duas armas de fogo e 64 munições; uma espada tipo Samurai; porções de cocaína, crack e maconha; três radiocomunicadores; um notebook; um gerador de energia; mais de 20 celulares; cerca de R$ 1,5 mil em dinheiro; diversos receituários em branco, carimbados e assinados; e uma motocicleta.
A operação contou com a participação de mais de 300 policiais civis e militares, com apoio aéreo da PCMG e da PMMG, das equipes das coordenações de Recursos Especiais (Core) e de Operação com Cães (COE) da Polícia Civil e de militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam).
As investigações prosseguem.