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Tragédia de Brumadinho é lembrada em discursos no Plenário

Parlamentares também abordaram situação da Palestina, combate ao câncer e atuação do governo federal.
Deputados em Plenário durante a Reunião Ordinária realizada nesta quarta-feira (5). Foto: Alexandre Netto/ALMG
quarta-feira, 5 fevereiro, 2025

Os seis anos da tragédia de Brumadinho foram lembrados nos discursos proferidos na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desta quarta-feira (5/2/25).

Os parlamentares também abordaram outras questões, como a situação da Palestina, o combate ao câncer e a atuação do governo federal.

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O rompimento da barragem de Córrego do Feijão, que matou 272 pessoas em 2019, foi o tema da fala da deputada Bella Gonçalves (Psol).

Ela criticou a presença do governador Romeu Zema na inauguração do Memorial Brumadinho, que homenageia as vítimas da tragédia. 

Segundo ela, a participação do chefe do Poder Executivo no evento gerou estranheza entre os familiares das vítimas da tragédia.

“Por acaso Zema não conhece a dor dessas famílias? Não conhece o sentimento de revolta com o Estado e com as mineradoras?”, criticou a parlamentar, que considerou o governo omisso na fiscalização da atividade minerária.

deputada Ana Paula Siqueira (Rede) acrescentou que, passados seis anos, os responsáveis pelo rompimento da barragem da Vale não foram punidos. “Não esqueceremos as vítimas desse crime. Não aceitaremos o descaso e a falta de compromisso com a punição (dos responsáveis)”, afirmou.

A parlamentar lembrou que a população de Brumadinho convive atualmente com vários problemas de saúde decorrentes do colapso da estrutura da Vale. Segundo ela, um estudo da Fiocruz constatou a contaminação de crianças por metais pesados que compunham a lama de rejeitos de mineração que se espalhou por todo o Vale do Paraopeba.

Faixa de Gaza e câncer de mama

Já o deputado Betão (PT) foi à tribuna para criticar a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remover a população palestina da Faixa de Gaza.

Ele manifestou sua indignação com a declaração do líder norte-americano, que considerou ultrajante. 

“Essa proposta fere não apenas os mais básicos princípios dos direitos humanos, como também representa uma afronta direta ao direito à autodeterminação dos povos. Não podemos permanecer calados diante de tamanha afronta”, afirmou.

A propósito do Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, o deputado Elismar Prado (PSD) lembrou que a cobertura desse exame em Minas Gerais está abaixo do preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ele ressaltou que o diagnóstico precoce pode evitar muitas mortes por câncer de mama.

O parlamentar lamentou que os gastos estaduais na prevenção do câncer são irrisórios e lembrou que existem muitos vazios assistenciais no interior do Estado, que dificultam o adequado tratamento dos pacientes. Ele ainda informou que apresentou um projeto de lei para estabelecer uma política estadual de enfrentamento da doença. O objetivo é garantir a criação de centros de prevenção e diagnóstico acessíveis à população.

Atuação do governo federal divide opiniões

A atuação do governo federal foi criticada pelo deputado Eduardo Azevedo (PL), que preconizou menos intervenções do Estado na economia.

“Temos visto ataques ao agronegócio e às mineradoras, que são quem realmente produz. Toda a riqueza é oriunda da iniciativa privada. O poder público tão somente consome esses recursos”, afirmou.

O parlamentar disse que o País caminha para uma recessão econômica e reforçou que discorda dos gastos com programas sociais.

"A política atual desse ‘desgoverno’ é comprar a população desfavorecida com assistencialismo. Essa população se torna totalmente dependente do poder público. Mas o cidadão brasileiro não quer viver de assistencialismo; quer ter a oportunidade de trabalhar e sustentar sua família”, criticou.

Por outro lado, o deputado Ricardo Campos (PT) elogiou a proposta de privatização da BR-251, que, segundo ele, vai viabilizar os investimentos necessários para reduzir os acidentes nessa rodovia que corta o Norte de Minas. Ele também ressaltou a proposta de construção de 500 novas unidades básicas de saúde com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O governo Lula tem feito o Brasil voltar a ser feliz”, finalizou.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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