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Reajustes na segurança pública não compensam inflação

Conclusão é de relatório sobre a remuneração dos servidores da área, que deverá ser afetada também pela adesão do Estado ao RRF.
Relatório foi aprovado nesta terça-feira (10), em reunião da Comissão de Segurança Pública. Foto: Willian Dias/ALMG
terça-feira, 10 dezembro, 2024

Os reajustes salariais concedidos pelo Governo do Estado aos servidores da área de segurança pública, em Minas Gerais, ficaram, nos últimos dez anos, abaixo da inflação acumulada no período.

A conclusão está no relatório final do Tema em Foco relativo aos anos de 2023 e 2024, aprovado nesta terça-feira (10/12/24) pela Comissão de Segurança Pública.

No âmbito da comissão, o tema escolhido foi a política remuneratória dos servidores da segurança pública do Estado.

O Tema em Foco integra o Assembleia Fiscaliza, que reúne as ações de fiscalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Conforme o relatório, os reajustes concedidos pelo governo ao pessoal dos órgãos estaduais de segurança pública somaram 27,68% no período analisado (13% em 2020, 10,06% em 2023 e 4,62% em 2024).

Porém, a inflação acumulada entre 2015 e 2023 totalizou 52,95%, considerando-se os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que resulta num déficit de 25,28% na remuneração dos servidores da área. 

Ainda segundo o relatório, a recomposição das perdas ficará prejudicada, nos próximos anos, pela adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que limita a concessão de reajustes salariais ao funcionalismo público.

Essa limitação, somada ao déficit de pessoal no setor e à queda no volume de investimentos diretos feitos pelo governo estadual, terá impactos negativos na qualidade dos serviços prestados à população pelas instituições de segurança pública, aponta o documento.

O relator do Tema em Foco sobre a política remuneratória dos servidores de segurança pública foi o deputado Sargento Rodrigues (PL), também presidente da comissão. Na reunião desta terça, votaram pela aprovação do relatório, além dele, os deputados Eduardo Azevedo (PL) e Noraldino Júnior (PSB).

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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