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Pronto para o 2º turno projeto para coibir assédio moral no serviço público

Comissão ainda aprovou o relatório final do Tema em Foco, a respeito da gestão dos recursos humanos no setor público e a realização de concursos em 2023 e 2024
Deputados também deram aval a proposição que garante remoção de servidoras vítimas de violência doméstica. Foto: Alexandre Netto/ALMG
terça-feira, 10 dezembro, 2024

Projeto de Lei Complementar (PLC) 26/23, cujo objetivo é coibir o assédio moral no serviço público estadual, já pode retornar ao Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discussão e votação definitiva.

Nesta terça-feira (10/12/24), a proposição recebeu parecer favorável de 2º turno da Comissão de Administração Pública.

Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião

De autoria do deputado Professor Cleiton (PV), o PLC 26/23 altera o Estatuto do Servidor Público Estadual, para assegurar punição ao assédio moral no ambiente de trabalho.

Na justificativa, o parlamentar lembra os crescentes casos de doenças, afastamentos e até suicídios, como o da policial civil Rafaela Drummond, ocorrido em junho de 2023. 

Em sua redação original, o PLC 26/23 deixa claro que configura assédio moral a conduta repetitiva do agente público que tenha por objetivo atingir a autoestima ou a estabilidade emocional de servidores e empregados públicos.

Na forma aprovada em 1º turno pelo Plenário, o projeto altera o Estatuto do Servidor para incluir entre as condutas vedadas a prática do assédio moral.

Além disso, conforme essa redação, poderá ser aplicada pena de demissão ao servidor que praticar atos que configurem assédio moral.

O parecer do relator, deputado Leonídio Bouças (PSDB), é pela aprovação do PLC 23/26 na forma do vencido, ou seja, sem novas alterações em relação ao texto votado em Plenário no 1º turno. 

Servidoras vítimas de violência poderão ter direito a remoção

Também recebeu parecer favorável de 2º turno o PLC 84/22, do deputado Cristiano Silveira (PT), estabelecendo o direito à remoção às servidoras estaduais vítimas de violência doméstica. Esse benefício será assegurado às servidoras civis e militares. 

A transferência para outra localidade ou a mudança de lotação ficariam asseguradas independentemente da época do ano e da existência de vaga no serviço público, conforme a redação aprovada em 1º turno. 

O relator, deputado Rodrigo Lopes (União Brasil), opinou pela aprovação do PLC 84/22 na forma do vencido.

Relatório do Tema em Foco é aprovado

A comissão também aprovou o relatório final do Tema em Foco do Assembleia Fiscaliza, iniciativa de acompanhamento intensivo das políticas públicas desenvolvidas no Estado.

O tema escolhido foi a gestão de recursos humanos no setor público e a realização de concursos ao longo de 2023 e 2024. 

Nesse período, a comissão realizou 16 audiências públicas sobre assuntos como valorização dos servidores estaduais, Regime de Recuperação Fiscal e melhoria das condições de trabalho dos profissionais que integram a rede do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg). 

Também foram realizadas quatro visitas técnicas a estruturas pertencentes ao Ipsemg, a fim de verificar as condições de trabalho dos profissionais da rede e as condições de atendimento aos usuários.

Além disso, a comissão aprovou diversos requerimentos de providências para acompanhar contratações de agentes públicos, o andamento de editais e de processos relativos a concursos públicos. 

De maneira geral, a partir das informações recebidas do Poder Executivo, verificou-se que, no atual momento do Estado, não há viabilidade para o encaminhamento de propostas de reestruturação de carreiras que resultem no aumento de despesas com pessoal, tampouco para a concessão de reajustes salariais para servidores.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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