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População de Bocaiúva e região quer transformar sonho de ter CTI em realidade

Hospital Regional de Bocaiúva Dr. Gil Alves é referência de atendimento para microrregião, mas não conta com esses leitos; casos mais graves são transferidos para Montes Claros.
Reunião foi acompanhada pelos 13 vereadores de Bocaiúva, além de outras lideranças da região que lotaram o espaço. Foto: Alexandre Netto ALMG
sexta-feira, 21 março, 2025

Deputados e vereadores de Bocaiúva (Norte de Minas) reforçaram a necessidade de implantar leitos de centro de terapia intensiva (CTI) no Hospital Regional Dr. Gil Alves, localizado na cidade.

Eles participaram de audiência pública da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Câmara Municipal de Bocaiúva, nesta sexta-feira (21/3/25).

A reunião foi acompanhada pelos 13 vereadores de Bocaiúva, além de outras lideranças da região que lotaram o espaço. Eles relataram que a demanda é antiga.

O Hospital Dr. Gil Alves é de média complexidade e referência de atendimento na microrregião com seis municípios e aproximadamente 80 mil pessoas. Pacientes com sintomas mais graves são encaminhados, sobretudo, a hospitais de Montes Claros (Norte de Minas), distante cerca de 48 quilômetros de Bocaiúva. Quando não há vaga, são direcionados até Pirapora (Norte de Minas), distante 212 quilômetros.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Bocaiúva, Higor Coliseu (MDB), é preciso unir forças para que o sonho de ter leitos de CTI na cidade se torne realidade.

O vice-presidente da Câmara Municipal Toninho de Lídio (Avante) reforçou que a pauta é importante não só para Bocaiúva, mas também para toda a microrregião. Segundo o vereador Eron Santos (União), a implantação dos leitos de CTI é necessária.

"Bocaiúva é sede de microrregião. Diversas cidades dependem daqui. Também está na BR-135 e próxima da BR-251. Então, o número de acidentes é muito grande. Por isso, acreditamos que a instalação desses leitos vai melhorar a qualidade de vida das pessoas. A cidade tem crescido e a oferta de serviços de saúde também deve crescer.”

Eron Santos - Vereador de Bocaiúva

O prefeito de Francisco Dumont, Nilson Azevedo (União), também salientou a importância da habilitação de leitos para o hospital. A cidade integra a microrregião de Bocaiúva.

“Isso vai garantir atendimento mais ágil para a população, além de desafogar a área da saúde de Montes Claros”, falou.

Deputados apoiam demanda de Bocaiúva

Para o presidente da comissão, deputado Arlen Santiago (Avante), que solicitou a reunião, a reivindicação é antiga e relevante. Conforme disse, uma cidade do porte de Bocaiúva não pode ficar sem um CTI.

"Temos que discutir o assunto, porque apenas o governo municipal não consegue equacionar isso”, falou.

Os deputados Caporezzo (PL) e Gil Pereira (PSD) reforçaram a fala anterior e manifestaram total comprometimento com a causa.

Já o deputado federal Delegado Marcelo Freitas (União-MG) destacou que um dos principais problemas das cidades do Norte de Minas diz respeito à saúde pública. Nesse sentido, disse que a reivindicação dos moradores busca melhorar esse aspecto.

O parlamentar disse que vai buscar o apoio do Ministério da Saúde para também viabilizar o custeio dos leitos, depois da fase da habilitação ser superada.

Licitação para construir estrutura do CTI

De acordo com a secretária Municipal de Saúde de Bocaiúva, Shirley Siqueira, antes de solicitar a habilitação dos leitos, é necessário que o hospital tenha capacidade técnica.

“Precisamos avançar na estrutura física para depois conseguirmos os equipamentos e, em seguida, vem a habilitação dos leitos.”

Shirley Siqueira - Secretária Municipal de Saúde de Bocaiúva

Como relatou, a Vigilância Sanitária aprovou a planta do CTI e agora a gestão municipal vai fazer a licitação para construir estrutura para dez leitos. A previsão, como disse, é de que a empresa vencedora do certame seja definida em até 50 dias e, então, as obras devem ser iniciadas com recursos do município.

A secretária municipal ainda manifestou preocupação com o custeio dos leitos. “Não é barato. Hoje já aportamos 70% dos custos do hospital com recursos próprios sem ter CTI”, contou.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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