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Homenagem aos direitos humanos e cirurgia do presidente são comentadas em Plenário

Presidente Lula sofreu uma cirurgia emergencial na madrugada desta terça (10).
Comentários na tribuna geraram troca de críticas entre os parlamentares. Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG
terça-feira, 10 dezembro, 2024

Os 76 anos da promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que se completam nesta terça-feira (10/12/24), e a solidariedade ao presidente Lula, que passou por uma cirurgia emergencial de trepanação do crânio na madrugada desta mesma terça-feira, foram dois dos temas mais comentados pelos parlamentares durante a Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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O primeiro a comentar sobre a cirurgia do presidente Lula foi o deputado Leleco Pimentel (PT), que comemorou sua boa recuperação no pós-operatório, noticiada pela imprensa. A deputada Amanda Teixeira Dias (PL) também desejou uma boa recuperação para o presidente da República.

A deputada Lohanna (PV) criticou a postura de pessoas que publicaram comentários nas redes sociais desejando a morte de Lula. “Eles se identificam como cristãos. Essas pessoas precisam questionar a fé deles”, afirmou. Essa fala foi criticada posteriormente pela deputada Chiara Biondini (PP) e pelo deputado Bruno Engler (PL). “Ninguém tem contato direto com Deus, ninguém tem a procuração de Deus para falar por ele”, afirmou Chiara Biondini.

A deputada Andréia de Jesus (PT) falou da apreensão causada pela internação do presidente, segundo ela, um idoso à frente de um movimento democrático importante para o mundo. “Vamos mandar boas energias para sua recuperação”, pediu.

Homenagem da Comissão de Cultura é ressaltada

Em sua fala na tribuna, Leleco Pimentel também comentou sobre a reunião organizada nesta terça-feira pela Comissão de Cultura da Assembleia para celebrar os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e para homenagear o defensor de direitos humanos José Francisco da Silva, falecido em 11 de agosto passado.

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Especializado em Psicologia Social, José Francisco foi o primeiro secretário adjunto de Direitos Humanos em Minas Gerais durante o governo de Itamar Franco. Participou da criação do Disque Direitos Humanos, do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos e dos programas de Proteção às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas e de Proteção aos Adolescentes Ameaçados de Morte.

Leleco Pimentel também lembrou episódios de violência policial no Estado de São Paulo que foram destaque na imprensa nos últimos dias e acrescentou que este problema não se restringe ao território paulista. “Os governadores são os primeiros a defender uma polícia hostil e violenta”, criticou.

Logo após a fala de Leleco Pimentel, a deputada Amanda Teixeira Dias fez ressalvas às políticas de direitos humanos. “O deputado Lelé da Cuca veio aqui defender os direitos humanos”, afirmou ela no início de seu discurso, iniciando uma troca de críticas entre os parlamentares de esquerda e de direita pelos comentários feitos na tribuna.

Amanda Teixeira Dias foi criticada pelo próprio Leleco Pimentel, pelo deputado Cristiano Silveira (PT) e pela deputada Lohanna.

Cristiano Silveira disse que a expressão usada pela deputada do PL precisava ser condenada por traduzir preconceito e capacitismo, uma vez que usou uma analogia a pessoas com sofrimento mental como uma ofensa a um colega. “Precisamos ter pactos civilizatórios para que todos tenham sua dignidade preservada”, cobrou ele.

Posteriormente, no entanto, o próprio Cristiano Silveira foi criticado por ter se referido ao atentado cometido contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como uma “fakeada”, em alusão à facada que ele recebeu no abdômen.

“Sobe aqui para criticar a brincadeira de uma parlamentar e faz a mesma coisa”, criticou Chiara Biondini,  recebendo o apoio do deputado Bruno Engler. “Todo mundo viu o atentado que o presidente Bolsonaro sofreu”, disse ele.

Relatório norte-americano sobre pandemia é elogiado

O deputado Caporezzo (PL) comentou o relatório sobre a pandemia de covid-19 publicado no dia 2 de dezembro por uma subcomissão especial da Câmara de Representantes do Congresso norte-americano, que é dominada pelo Partido Republicano.

O relatório, entre outros pontos, considera que a hipótese mais provável para a origem da pandemia é que o vírus tenha escapado de um laboratório da cidade chinesa de Wuhan.

O documento também faz críticas ao isolamento social, ao uso de máscaras e ao fechamento de escolas, medidas usadas para evitar a transmissão do vírus.

A deputada Amanda Teixeira Dias também elogiou o documento  e criticou as vacinas contra o vírus da Covid-19.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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