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Cuidados na compra e no preparo de peixes

Consumo de peixes aumenta na Semana Santa e consumidor deve estar atento à qualidade do produto
Na Semana Santa, parte da população costuma trocar o consumo de carne vermelha pelos pescados. Fotos: Divulgação/Emater-MG
quarta-feira, 16 abril, 2025

BELO HORIZONTE (15/04/25) - Na Semana Santa, parte da população costuma trocar o consumo de carne vermelha pelos pescados.

Devido a grande procura pelo produto, os consumidores devem fazer uma pesquisa em mais de um ponto de venda, pois costumam ocorrer variações significativas nos preços.

A nutricionista Samira Tanure, do Plantão Técnico da Emater-MG, alerta ainda que como se trata de um produto bastante perecível é importante ficar atento na compra para adquirir um produto de boa qualidade.

Samira explica que no caso dos peixes frescos, há algumas indicações de que o produto está próprio para o consumo.

“Os olhos devem estar claros, brilhantes e salientes; a superfície do corpo limpa, com brilho metálico característico, e escamas, nadadeiras e caudas bem aderidas ao corpo, além de brânquias (ou guelras) úmidas, com coloração avermelhada, mas sem sangramentos", detalha a nutricionista.

Produto certificado

Outro detalhe importante é que, no local de venda, o pescado deve estar disposto sobre uma camada uniforme de gelo.

"O pescado fresco deve ser embalado em saco plástico bem fechado e guardado no refrigerador após a compra, preferencialmente em temperaturas próximas a 0°C. É recomendável consumi-lo em até dois dias", aconselha.

Já no caso dos peixes embalados e congelados, o primeiro cuidado é verificar se a embalagem tem o selo de inspeção federal ou estadual (no caso de Minas Gerais, do IMA, o Instituto Mineiro de Agropecuária). Mas a aparência do pescado deve ser a mesma do peixe fresco. Em Minas, nos municípios em que há produção de peixes em cativeiro, é permitida também a venda com inspeção municipal.

Prato famoso

Pesquisas mostram que durante a Páscoa, o peixe mais consumido é o bacalhau.

“A diferença entre peixe e bacalhau é que, enquanto o peixe é o animal em seu estado natural, seja ele fresco ou congelado, o bacalhau é o resultado de um processo de transformação do peixe. O peixe fresco passa pelo processo de dessalga para ser conversado por mais tempo. Com isso, podemos dizer que todo bacalhau é peixe, mas nem todo peixe é bacalhau. O bacalhau é um peixe magro e desidratado, com propriedades nutricionais semelhantes às do peixe fresco”, esclarece a nutricionista.

Muito utilizado em receitas portuguesas, o bacalhau também requer alguns cuidados na compra..

"Os consumidores devem dar preferência à peça inteira, sem estar desmanchado. O sal espalhado na superfície deve ter aparência homogênea. O ideal é um corpo firme e resistente e nunca com aparência úmida ou melada”, ressalta.Segundo Samira, manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, como uma fina camada de pó sobre a superfície, indicam problemas na conservação do bacalhau.

A nutricionista da Emater-MG também tem algumas recomendações para manter a qualidade dos peixes durante o preparo do alimento, impedindo contaminações. Ela destaca que o descongelamento deve ser feito de um dia para o outro, nas prateleiras inferiores da geladeira.

"Não é recomendável deixar o produto por muito tempo em temperatura ambiente, e nem mantê-lo imerso em água", afirma.

Assessoria de Comunicação – Emater-MG

Jornalista responsável: Flávia Freitas

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