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Comissão avaliza criação de política de saúde menstrual

Projeto, que retorna ao Plenário para votação definitiva, assegura distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade.
Os deputados também foram favoráveis a projeto que prevê plano que fomenta empreendedorismo feminino. Foto: Daniel Protzner/ALMG
terça-feira, 8 outubro, 2024

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta terça-feira (8/10/24), parecer de 2º turno favorável ao Projeto de Lei (PL) 818/23, de autoria da 1ª-vice-presidenta da Assembleia, deputada Leninha (PT).

A proposição pretende criar a política de dignidade e saúde menstrual no Estado, ao alterar a Lei 23.904, de 2021, que dispõe sobre a garantia de acesso das mulheres em situação de vulnerabilidade social a absorventes higiênicos.

O parecer foi assinado pela presidenta da comissão, deputada Ana Paula Siqueira (Rede), que opinou pela aprovação do texto modificado e aprovado pelo Plenário em 1º tuno (vencido). O projeto retorna para deliberação definitiva para, então, seguir à sanção do governador Romeu Zema.

Consulte o resultado e assista ao vídeo completo da reunião

A nova política visa a garantir o acesso a absorventes ou itens de higiene similares no Estado, bem como a desenvolver outras ações de cuidado e atenção relativas ao ciclo menstrual, prioritariamente, para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A distribuição será feita nas escolas públicas, nas unidades básicas de saúde, nas unidades de acolhimento e nas unidades prisionais no Estado; a parturientes que estejam em atendimento em maternidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS); e a mulheres atendidas nas unidades do SUS.

Dentre os objetivos da proposição estão:

  • a universalização do acesso a absorventes e itens de higiene
  • a conscientização sobre os cuidados básicos relativos à menstruação
  • a prevenção de doenças
  • e a redução da evasão escolar

Para atender tais objetivos serão estabelecidas com a iniciativa privada ou com organizações não governamentais, para a distribuição dos itens, incentivo à fabricação de absorventes, desenvolvimento de medidas educativas e preventivas referentes ao ciclo menstrual e à saúde reprodutiva e realização de campanhas para divulgação de informações sobre a política pública.

Empreendedorismo feminino

Na reunião, a comissão também aprovou, em 1° turno, o PL 1.085/23, da deputada licenciada Alê Portela (PL), que pretende instituir o plano de incentivo ao empreendedorismo feminino no Estado.

Relatora da proposição, Ana Paula Siqueira opinou pela aprovação do texto apresentado anteriormente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o substitutivo nº 1.

Antes de seguir para deliberação do Plenário, o PL 1.085/23 será analisado pelas Comissões de Desenvolvimento Econômico e de Fiscalização Financeira e Orçamentária.

O novo texto apresentado pela CCJ e acatado pela relatora sugeriu pequenas mudanças ao original, mantendo os objetivos da autora, mas sanando problemas como o de interferência na organização administrativa.

O projeto estipula objetivos e diretrizes da política proposta. Busca promover a inclusão social e econômica das mulheres, promover a capacitação das empreendedoras, estimular a cooperação entre entes públicos e o setor empresarial para o apoio e fomento ao empreendedorismo feminino.

Prevê, dentre as diretrizes, a realização de ações de conscientização sobre o empreendedorismo feminino, inclusive ações específicas para adolescentes e jovens mulheres, o desenvolvimento de cursos técnicos e programas de formação cooperativista voltados especificamente para as mulheres empreendedoras e a implantação de linhas de crédito facilitado direcionadas para projetos ligados ao empreendedorismo feminino.

Com informações do site oficial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

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