Rio Doce: Sistema de Alerta de Cheias entra em operação

Comitês do Rio Doce estão investindo mais de R$ 1,3 milhão em melhorias no sistema, que auxilia na gestão e prevenção de eventos críticos
O monitoramento dos rios é feito com sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão - Foto: Divulgação Prefácio
sexta-feira, 10 novembro, 2023

A fim de auxiliar na prevenção e gestão de crises relacionadas ao período chuvoso, iniciado em outubro e com duração até março, entrou em operação, nesta segunda-feira (6/11), o Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE) da Bacia do Rio Doce. A ferramenta é operada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) e pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com apoio dos Comitês da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. Por meio do SACE, são divulgados, de forma sistematizada, boletins que trazem previsões sobre os níveis de vazão da calha dos rios, informando o volume e tendências de vazão, contribuindo com a construção de planos de contingenciamento de cheias e minimizando o impacto de eventos críticos.

O monitoramento dos rios é feito por meio de sensores de nível, que medem a variação das águas com alta precisão. Também são utilizados pluviômetros automáticos, capazes de registrar a quantidade de chuva em intervalos de segundos. Os dados são recebidos, organizados e consolidados em forma de boletins de monitoramento, enviados às defesas civis estaduais, municipais e demais órgãos de interesse.

As estações de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil estão localizadas bem ao meio do leito dos rios. Esse método de acompanhamento é mais eficaz que réguas, pois os sensores recebem manutenções periódicas e conseguem medir até o fundo do rio. Já as réguas ficam às margens do rio, medindo apenas a água que entra no remanso, não levando em conta as questões do assoreamento.

Atualmente, sete estações estão em operação na Bacia do Rio Doce, localizadas nas cidades de Ponte Nova, Nova Era, Naque, Governador Valadares, Tumiritinga, Colatina e Linhares. Por haver integração e operação única, o Sistema de Alerta de Eventos Críticos é capaz de apontar, com segurança, o impacto da corrente de água.

Atuação no período de cheias

Cabe ao CBH Doce, por meio de Grupo de Trabalho de Cheias, criado no âmbito da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC) – apoiar, articular e acompanhar estudos, projetos e ações relacionadas com a operação, ampliação e modernização do Sistema de Alerta de Eventos Críticos – SACE/CPRM na Bacia do Rio Doce.

Também é de responsabilidade dos comitês a articulação para a abertura da Sala de Crise da Cheia do Rio Doce, que reúne representantes da Casa Civil da Presidência da República, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), Defesa Civil dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – Filial Governador Valadares, sob coordenação da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Na Sala são repassadas informações sobre o monitoramento e previsões.

Além do trabalho de apoio ao SACE, os CBHs também investem financeiramente na melhoria do Sistema de Alerta. Somente em 2023, já foram investidos quase R$300 mil e a previsão é de que, ao todo, mais de R$ 1,3 milhões sejam desembolsados para o fortalecimento da ferramenta. 

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