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Timóteo: Prevenção e combate a incêndios

Prefeitura de Timóteo e Corpo de Bombeiros realizam ação contra incêndios no município
Prevenção e combate a incêndios. Foto: Divulgação PMT
segunda-feira, 19 maio, 2025

A Prefeitura de Timóteo, por meio da Defesa Civil Municipal e a Subsecretaria de Meio Ambiente iniciou, nesta segunda-feira (19), em parceria com Corpo de Bombeiros, Portal do Macuco e Parque Estadual do Rio Doce, a operação Alerta Verde, que tem o intuito de identificar potenciais locais de risco, antes do período crítico de estiagem, alertando a população quanto aos cuidados com as queimadas.

De acordo com a sargento Luana, do Corpo de Bombeiros de Timóteo, a operação Alerta Verde nas unidades de conservação vem pra maximizar as ações de preparação com foco na redução das estatísticas de incêndios florestais.

“O nosso objetivo principal é a conscientização da população pra gente poder reduzir esses focos de incêndio. Já iniciamos campanhas, juntamente com a Defesa Civil e o Meio Ambiente da Prefeitura, em outras áreas, como foi feito no bairro Petrópolis”, ressaltou o sargento.

Ainda de acordo com a sargento, as campanhas de prevenção são feitas antes do início do período crítico de estiagem, e possuem caráter educacional.

“A gente aborda a importância de pequenas atitudes que são feitas pelos moradores e que precisam ser evitadas, para que um pequeno foco não se fazer a limpeza dos lotes utilizando a capina ou roçada e não utilização de fogo. São pequenas atitudes que, para a gente, vai ser de grande valia e vai reduzir bastante os focos de incêndios esse ano”, pontou Luana.

Os incêndios em áreas de conservação ambiental podem causar danos irreparáveis à biodiversidade, afetando fauna, flora e ecossistemas inteiros. Para proteger essas regiões, é essencial adotar medidas preventivas e ações eficazes de combate.

Para o representante da subsecretaria municipal de Meio Ambiente, Kim Valverde, as ações iniciadas estão voltadas para as áreas entorno do Parque Estadual do Rio Doce, onde qualquer foco de incêndio, se não controlado, pode provocar um prejuízo inestimável da biodiversidade local.

“A ação de hoje é específica, voltada para as unidades de conservação. Nós vamos trabalhar as residências de entorno do Parque Estadual Rio Doce e nós vamos trabalhar essas propriedades rurais, onde existe um risco maior de incêndio, como é o caso do Licuri, Celeste, Limoeiro Velho, a área de chacreamento do Recanto Verde, Alphaville, essa região do bairro Macuco, que é próxima do Parque Estadual Rio Doce”, reforçou Valverde. 

Comunidade participa

A participação e colaboração da comunidade é peça fundamental nas ações desenvolvidas pelos órgãos ligados à preservação ambiental, como destacou a subsecretaria municipal de Meio Ambiente.

“A gente precisa de colocar a comunidade como aliada do meio ambiente para orientar, para dizer para essas pessoas o que fazer, o que não fazer e como alertar quando tiver alguma ocorrência ou a presença de alguém que tem essa intenção de provocar incêndios. Educação ambiental é um trabalho permanente e, nesse momento, nós vamos estar fazendo o trabalho preventivo. Em seguida, nós vamos ter também uma ação que acompanha o momento do incêndio. Nós precisamos de estar próximos, para as pessoas saberem quais as medidas de defesa que eles vão tomar para não serem prejudicadas. Então, a ação é continuada e, mesmo depois do incêndio, a gente vai estar discutindo com as pessoas ações de regeneração, ações de recomposição. O trabalho do meio ambiente é permanente e a gente precisa de ver o quanto o fogo é prejudicial. Nós precisamos de ter essa consciência, porque todas as pessoas são prejudicadas não só pela destruição da floresta, mas também pelos danos à saúde, à questão da qualidade do ar. Enfim, são várias situações que o meio ambiente tem que estar presente, e a Prefeitura está toda envolvida em todos os seus segmentos”, concluiu Valverde. 

Preocupação com o PERD

O trabalho realizado, na manhã desta segunda-feira (19), envolveu o mapeamento das áreas e propriedades no entorno do Parque Estadual do Rio Doce, bem como entrega de material educativo e orientações para os moradores.

Segundo Joel Mafra, chefe da Defesa Civil de Timóteo, há um trabalho de articulação, por parte da Defesa Civil, dos órgãos responsáveis pela proteção pública, sendo o Corpo de Bombeiros um dos parceiros mais atuantes.

“Nós temos, desde 2007, o Plano Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que abarca várias questões, desde a prevenção, campanhas e, efetivamente, o combate ao incêndio florestal. Hoje, nós, por iniciativa do Corpo de Bombeiros, estamos auxiliando na campanha do Alerta Verde, que visa reforçar a prevenção junto às comunidades que estão localizadas próximo ao entorno do Parque Florestal do Rio Doce, mas a campanha de prevenção e combate a incêndios do município continua durante todo esse mês”, destacou Mafra, que informou ainda sobre o lançamento do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal.

“Algumas das ações são exatamente a de prevenção e de fiscalização. A pessoa que mesmo por culpa, por negligência, está pensando, nesse período, em colocar fogo em lixo, em resto de folhas, que ela tenha prudência ao fazer isso e a gente orienta que não o faça, porque o incêndio florestal iniciado e não combatido no seu início é de difícil controle e pode provocar danos imensuráveis”, reforçou o chefe da Defesa Civil de Timóteo.

Punições

Além do trabalho de educação e orientação às pessoas que residem nessas áreas consideradas de risco e consideradas de conservação ambiental, um reforço na fiscalização e também nas medidas punitivas será realizado. 

“As pessoas têm que estar cientes de que há consequências para os atos que elas cometem. Nós temos Atos Administrativos que podem ir de advertência à multa. E nós temos atos criminais. Então, se foi identificado o dolo da pessoa que proporcionou um incêndio florestal, ainda por culpa, apesar das atenuantes, ele pode ser acionado via justiça e pode pegar uma pena de prisão. É importante que as pessoas tenham consciência disso, que evitem, mesmo por negligência ou necessidade, de colocar fogo para queimar algum lixo, que não façam isso. O município tem um programa de recolhimento de lixo, então não há necessidade de ficar queimando restos de folha e galhos. É só aguardar mesmo a limpeza urbana, tem uma escala para isso. E caso a pessoa visualize alguém, mesmo com a intenção de colocar fogo, ela pode ligar no 190, ligar no 193 para o combate a incêndio e, ainda por cima, pode fazer a denúncia através do 181. Essa ligação é anônima, então a pessoa não precisa identificar, o criminoso não vai saber que ela ligou, e é importante que ela faça essa denúncia sempre que ela perceber que alguém está com essa intenção de colocar fogo próximo às áreas de mata”, alertou Mafra. 

Fonte : PMT

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