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Brasil vai insistir em corredor humanitário, afirma ministro Pimenta

Governo brasileiro tem grande expectativa na decisão da ONU para saída de estrangeiros da região de conflitos no Oriente Médio e entrada de ajuda humanitária
Paulo Pimenta também falou sobre a situação dos brasileiros na região de Gaza e do empenho do governo junto às autoridades de Israel, Irã e Palestina para retirada das famílias brasileiras da região de conflito. Foto: Lucas Leffa/Secom-PR
terça-feira, 17 outubro, 2023

DA AGÊNCIA GOV

Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (17/10), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta, afirmou que o governo brasileiro tem grande expectativa sobre a decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à proposta de resolução feita pelo Brasil sobre a guerra de Israel. O País segue em contato com líderes mundiais, na tentativa de identificar um caminho para garantir a saída de civis das regiões de maior conflito e entrada de assistência humanitária.

“Temos a expectativa da decisão do Conselho de Segurança da ONU, vamos insistir na ideia do corredor humanitário, tanto para a saída de estrangeiros, como também para garantir a entrada de ajuda humanitária”, afirmou o ministro.

Paulo Pimenta também falou sobre a situação dos brasileiros na região de Gaza e do empenho do governo junto às autoridades de Israel, Irã e Palestina para retirada das famílias brasileiras da região de conflito. “Estamos fazendo de tudo para isso. Alugamos casa, viabilizamos transporte, disponibilizamos os nomes das pessoas que lá estão para as autoridades locais”, detalhou.

O ministro destacou, ainda, a intensa agenda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na última semana para tentar identificar um caminho que possa garantir a retirada segura dos civis que estão nas regiões de maior conflito. “Por conta dessa responsabilidade que nós temos, ao estar à frente do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro, nos últimos dias o presidente Lula intensificou muito o contato com chefes de Estado de vários outros países”, disse.

O presidente da República já fez contato com os presidentes do Egito, Israel, Turquia e Irã, solicitando a eles o compromisso de um corredor humanitário e pedindo empenho para que os brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza. “Ele designou o próprio avião presidencial, que está na Itália aguardando a qualquer momento a possibilidade da fronteira ser aberta, para poder ser deslocado para o Egito e ser utilizado no resgate dessas famílias. Não medimos esforços”, concluiu.

Ajuda a países vizinhos

O governo brasileiro recebeu pedido de auxílio de países vizinhos para a retirada de cidadãos da área de conflito entre Israel e Palestina. Sem descartar o apoio, o Governo Federal destacou que a prioridade é trazer os brasileiros de volta para casa, mas informou que poderá incluir os demais parceiros na ação, quando houver vaga. Desde o começo da Operação Voltando em Paz, 916 brasileiros já passaram pelo processo de repatriação.

O jornalista Marcos Uchôa está em Tel Aviv, como enviado especial do Canal Gov e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), acompanhando a volta dos brasileiros que se encontram na zona de conflito. Da Embaixada do Brasil em Israel, onde fica concentrada a base de toda operação organizada pelo Governo Federal para repatriação dos cidadãos, o repórter conversou com o embaixador Frederico Meyer.

“Muitos dos brasileiros que estão aqui vão mudando de ideia na hora da repatriação. No último voo estavam previstos 214 passageiros e 24 não apareceram, ou seja, dez por cento. É um número substancial”, destacou Meyer. “Nós já contactamos os parceiros latino-americanos sobre a possibilidade de alocar os seus povos em nossos voos. Nós vamos refazer contato com os brasileiros e ver quem, de fato, quer ir. Caso haja lugar nesses voos, podemos transportar cidadãos de outras nacionalidades”, disse o embaixador.

Argentina, Paraguai e Uruguai já solicitaram apoio ao Brasil para o resgate de cidadãos dessas nacionalidades.

Por: Agência Gov
Texto: Anna Priscilla Vasconcelos

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