Com informações do site oficial do Cruzeiro Esporte Clube
No dia 7 de dezembro de 1966 o Cruzeiro surpreendia o futebol brasileiro ao bater o Santos de Pelé na final da Taça Brasil. A conquista deu projeção nacional ao Cruzeiro, que já era um gigante dentro do estado de Minas Gerais. O time do Cruzeiro já vinha sendo montado pelo presidente Felício Brandi para marcar com uma equipe competitiva o início da era Mineirão, inaugurado um ano antes.
Todos os jogadores que fizeram parte do esquadrão do Cruzeiro na Taça Brasil de 1966 foram escolhidos para marcar história celeste. Relembre quem eram os principais jogadores daquele time e de onde cada um veio.
RAUL PLASSMANN
Natural de Antonina (PR), o goleiro Raul Plassmann foi um dos grandes nomes na meta celeste de todos os tempos. Na taça Brasil de 1966 não foi diferente. Passando por Athlético-PR, Coritiba, São Paulo e Nacional (URU), Raul chegou ao Cruzeiro para suprir a vaga deixada pelo goleiro Fábio Medeiros. No início, Raul era um dos reservas da posição, mas quando assumiu o gol do Cruzeiro foi fundamental em todas as competições que o Cruzeiro disputou. Esteve e campo em todas as partidas da Taça Brasil de 1966.
PEDRO PAULO
O lateral direito Pedro Paulo era sinônimo de raça na defesa daquele time do Cruzeiro. Nascido em Pedro Leopoldo, Pedro Paulo chegou no Cruzeiro ainda jovem, em 1963, se profissionalizando e tornando peça fundamental no Cruzeiro. Atuou em 7 jogos da Taça Brasil e jogou por mais 11 anos com a camisa do Cruzeiro, deixando o clube em 1974.
WILLIAM
O zagueiro William era um velho conhecido do futebol mineiro. Revelado no Atlético-MG, William se destacou até chegar na Seleção Brasileira. Foi o zagueiro titular e campeão do Campeonato Brasileiro de Seleções com a Seleção Mineira. Na década de 1960 estava jogando pelo América-RJ, quando foi contratado em 1965 para jogar pelo Cruzeiro. Jogou todos os jogos da competição e deixou o time do Cruzeiro no ano seguinte, seguindo para o Villa Nova, onde se aposentou.
PROCÓPIO
Um dos grandes nomes da história cruzeirense, Procópio Cardozo veio do Renascença para o Cruzeiro no final dos anos 1950. Ainda no início dos anos 1960, se transferiu para o São Paulo e passou por diversos outros times, como Atlético-MG, Fluminense, Vitória e Palmeiras, até retornar à equipe celeste em 1966 e ser um dos principais nomes do Cruzeiro por muitos anos. Após deixar o futebol, se tornou técnico e treinou o Cruzeiro em quatro oportunidades.
NECO
O lateral esquerdo Neco nasceu em Rio Casca (MG) e surgiu para o futebol no início dos anos 1960, quando atuou pelo Villa Nova. Se destacou na equipe de Nova Lima e atuou pela Seleção Mineira em 1963, até ser contratado pelo Corinthians. Atuou na equipe paulista de 1963 até ser contratado pelo Cruzeiro em 1965, onde disputou 249 partidas e foi um dos principais jogadores da posição. Jogou em 7 jogos daquela Taça Brasil de 1966.
PIAZZA
Capitão do Cruzeiro naquele título, o volante Wilson Piazza é um dos grandes ídolos da história do Cruzeiro. Assim como Procópio, Piazza atuava pelo Renascença, quando foi contratado pelo Cruzeiro em 1963. Jogando um futebol de muita classe e com espírito de liderança, Piazza se tornou capitão do Cruzeiro em um dos períodos mais vitoriosos do time. Além da Taça Brasil de 1966 (onde anulou o craque Pelé na final), Piazza também esteve na conquista da Libertadores em 1976 e na histórica Seleção Brasileira campeã do mundo em 1970. Pendurou as chuteiras em 1977, um ano após a conquista da América.
DIRCEU LOPES
Um dos grandes nomes da Taça Brasil de 1966, Dirceu Lopes é um dos maiores jogadores do Cruzeiro de todos os tempos. O meia atuava no time de Pedro Leopoldo quando foi contratado pelo Cruzeiro em 1963, aos 17 anos. Dirceu esteve na Seleção Mineira na inauguração do Mineirão e foi dele o passe para o gol de Buglê na partida. Na final da Taça Brasil, Dirceu Lopes marcou 3 dos 6 gols no jogo de ida e marcou mais um gol no jogo da volta que deu o título ao Cruzeiro. Ele atuou por 14 anos pelo Cruzeiro, estando presente também na conquista da Libertadores da América de 1976 e sendo até hoje o segundo maior artilheiro da história do clube.
TOSTÃO
Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, foi uma das maiores figuras da história do Cruzeiro. O meia-atacante veio para o Cruzeiro em 1963, quando jogava pelo América-MG e na equipe celeste foi fundamental em todos os momentos que jogou com a camisa cruzeirense. Não poderia ser diferente naquela Taça Brasil, quando ele atuou em 7 jogos e marcou 4 gols, sendo um no jogo da ida e outro no jogo da volta da final contra o Santos. O meia-atacante é ainda hoje o maior artilheiro da história do Cruzeiro. Seu desempenho com a camisa celeste o fez ir para as Copas do Mundo de 1966 e 1970 com a Seleção Brasileira.
NATAL
Conhecido como o “Diabo Loiro”, Natal era o ponta no ataque do Cruzeiro de 1966. De muita velocidade e habilidade, Natal jogava nos campos de várzea do Barreiro e do bairro Cidade Industrial quando foi contratado pelo Cruzeiro em 1963. Atuou em todos os jogos do Cruzeiro naquela Taça Brasil e marcou 3 gols, sendo dele o gol decisivo do título celeste, no jogo que terminou 3 a 2 para o Cruzeiro contra o Santos. Natal ainda atuou pelo Cruzeiro até 1971, quando se transferiu para o Corinthians.
HILTON OLIVEIRA
O outro ponta no ataque do Cruzeiro, Hilton jogava em times amadores de Belo Horizonte nos anos 1950, quando ainda jovem foi contratado e revelado pelo Cruzeiro. A sua primeira passagem pelo Cruzeiro foi até 1961, quando se transferiu para o futebol carioca. Depois de passar por Fluminense e Flamengo, Hilton Oliveira voltou para o Cruzeiro em 1963 e foi peça chave no time do Cruzeiro da Taça Brasil. Disputou 7 dos 8 jogos do Cruzeiro na competição. Permaneceu no Cruzeiro até 1970, quando se transferiu para o América-MG.
EVALDO
Goleador nato, Evaldo era o centroavante do Cruzeiro na Taça Brasil de 1966. Com 6 gols, Evaldo foi o artilheiro do Cruzeiro na competição e esteve presente em todos os jogos da campanha celeste. Natural de Campos dos Goytacazes, Evaldo atuou pelo Americano em sua juventude, até se profissionalizar pelo Fluminense. Foi contratado em 1966 pelo Cruzeiro e ficou na equipe celeste até 1971. Teve uma passagem pelo ESAB nos anos 1970 e retornou para o Cruzeiro em 1974, onde jogou por mais 3 anos.
Muitos outros jogadores fizeram parte daquela conquista e foram fundamentais para o título do Cruzeiro. Dentre eles estão o volante Zé Carlos, o meia Marco Antônio, os atacantes Dalmar e Wilson Almeida, além do excepcional trabalho do técnico Airton Moreira. A conquista é considerada uma das maiores do Cruzeiro e marcou de vez a a história em suas páginas heroicas e imortais.
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Imagens: Arquivo Cruzeiro