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CBF e Ministérios entram em campo contra o racismo na final da Copa Betano do Brasil

Ministros Silvio Almeida, Anielle Franco e André Fufuca participam da ação “Com racismo não tem jogo”, que divulgará canal de denúncias para enfrentamento ao racismo no cenário esportivo
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, participa de lançamento da ação do governo federal "com racismo não tem jogo" Créditos: Lesley Ribeiro/CBF
segunda-feira, 25 setembro, 2023

Com informações do Site Oficial da Confederação Brasileira de Futebol

Os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial) e André Fufuca (Esporte) realizaram neste domingo (24) antes da final da Copa Betano do Brasil 2023 uma ação com o objetivo de sensibilizar a sociedade brasileira para a gravidade de episódios de racismo no esporte. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, participou também da cerimônia.

A ação, chamada “Com racismo não tem jogo”, contou com a exibição de letreiros no telão do estádio estimulando as denúncias contra o crime de racismo. Um balão inflável do Disque 100 – Disque Direitos Humanos, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), sensibilizando as pessoas para a importância de denunciarem violações de direitos, dentre elas o racismo foi colocado no gramado do Morumbi. 

""Essa é uma ocasião muito importante para a gente reafirmar o compromisso do governo do Presidente Lula com a luta antirracista e com a valorização dos direitos humanos. É a união entre os Ministérios, todos trabalhando juntos com o mesmo propósito, em parceria com a sociedade civil. Especificamente, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que desenvolve um trabalho muito grande. Também tem o Disque 100, que é o Disque Direitos Humanos, pelo qual denúncias de direitos humanos podem ser feitas", disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

"Ter essa união do Governo Federal com a CBF é imprescindível, faz com que a gente possa fazer que o racismo desapareça. Isso aqui não tem que ser exceção. Se Deus quiser, um dia vai ser a regra. A gente um plano de ações com o Ministério do Esporte e da Justiça para dentro e fora de campo, que vão desde comunicação até cursos, para que englobe jogadores, técnicos e todo mundo que está inserido no esporte", contou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

"O racismo deve ser abolido dentro e fora dos campos. É dessa maneira que termos a sociedade mais fraterna e justa. Através da união do Ministério da Igualdade Racial, do Esporte e dos Direitos Humanos, teremos avanços significativos no combate a essa prática. Tenho certeza que hoje, no momento que damos os braços com a CBF, estamos visando um esporte mais justo, sem violência e sem racismo", afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.

A CBF lidera uma campanha mundial antirracista no futebol. A iniciativa já ganhou o endosso da Fifa. Com Ednaldo Rodrigues como presidente, o primeiro negro e nordestino da história, a CBF se tornou a primeira confederação a adotar a punição desportiva aos envolvidos em atos de racismo nos estádios.

"Tenho 69 anos, há 60 eu sofro racismo e continuo de cabeça erguida. A gente procura ter ações que envolvam outros segmentos para que a nossa voz se torne mais potente. É o que estamos fazendo nesse momento, quando temos quatro Ministérios diretamente voltando a esse tema, com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Daí resultados mais contundentes virão no combate a essa praga, que é o racismo. No Brasil e no mundo, no futebol e em todos os segmentos da sociedade. Com essa união, a gente tem certeza de que a gente reverterá esse tema em pouco tempo", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

O governo federal está empenhado em promover ações para coibir e reprimir atos de intolerância, discriminação e preconceito racial em arenas esportivas tanto no Brasil quanto no exterior. Em maio deste ano, após mais um condenável episódio de crime de racismo na Espanha, autoridades nacionais e internacionais se pronunciaram.

O Itamaraty, o MDHC e o Ministério da Igualdade Racial, em conjunto com outras Pastas, divulgaram uma nota convocando as autoridades governamentais e esportivas da Espanha a tomarem providências para punir os autores dos atos e evitar repetições. Uma série de medidas adotadas pelo Estado brasileiro foram elencadas e enviadas à Presidência da República no sentido de enfrentar o racismo. 

"Desde o primeiro dia do ano, o Ministério da Justiça e Segurança Pública tem colocado a importância do enfrentamento ao racismo no futebol, na segurança pública e no sistema de justiça. Essa ação que está sendo firmada entre Governo Federal e CBF é uma demarcação do quanto o Governo Federal e a Confederação Brasileira de Futebol não aceitarão nenhum tipo de violência e discriminação. A gente vai construir não só o futebol, mas o esporte e um Brasil mais solidário e democráticos para todos", afirmou Tamires Sampaio, assessora especial do Ministro da Justiça, Flávio Dino.

"Nesse momento que o Observatório vem monitorando um aumento de denúncias no futebol no Brasil e fora dele, é importante demais essa iniciativa, que tem como aliados os Ministérios e a CBF. Isso mostra para a sociedade que estamos todos juntos nessa luta. É fundamental essa união de todas as forças para combatermos o racismo dentro e fora do campo", disse Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

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