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TSE e MPT firmam acordo para o combate ao assédio eleitoral no ambiente de trabalho

A presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, comunicou o acordo assinado na sessão desta quinta-feira (12)
A presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, comunicou o acordo assinado na sessão desta quinta-feira (12). Foto: Divulgação TSE
quinta-feira, 12 setembro, 2024

Com informações do site oficial do Tribunal Superior Eleitoral

Na abertura da sessão plenária desta quinta-feira (12), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, informou sobre a  assinatura de acordo de cooperação técnica entre o Tribunal e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para o combate ao assédio eleitoral no trabalho nas Eleições Municipais de 2024. O documento foi assinado pela presidente do Tribunal e pelo procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, no gabinete da Presidência do TSE na manhã de hoje. 

“Nesta manhã, eu assinei um termo aditivo a um acordo de cooperação que nós tínhamos firmado em 2022 com o Ministério Público do Trabalho, porque mesmo nos espaços de trabalho, seja por uma função hierárquica, uma qualidade ou característica de submissão de subordinação que é próprio das relações de emprego, nós tivemos experiências muito ruins nas últimas eleições. De empregadores forçando, induzindo e estimulando para que seus funcionários, seus colaboradores – isso no espaço particular ou até mesmo no público administrativo – conduzissem seus votos conforme o empregador. Isso é crime eleitoral. Isso é crime que não se admite”, lembra a ministra. 

Além de realizar o aperfeiçoamento dos fluxos de denúncias e das ações cooperativas interinstitucionais para a prevenção e o combate ao assédio eleitoral nas relações de trabalho, o acordo tem como objetivo estabelecer a promoção do bem para todas as cidadãs e cidadãos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação, consagrando o direito à não discriminação nas relações de trabalho.   

“O Ministério Público do Trabalho, por meio de seu representante, doutor José de Lima, assegura que já temos mais de 300 denúncias nas eleições deste ano. Reitero que isso constitui um ilícito. A Justiça Eleitoral está preparada. Por isso, fizemos [hoje] um aditivo a este acordo, aperfeiçoando os mecanismos necessários para que haja um enfrentamento e, principalmente, elucidação, processamento [dos ilícitos]. E, aqueles que assim se conduzirem, se submeterão às penas da lei,” ressaltou a ministra Cármen Lúcia. 

Ministério Público do Trabalho  

Durante a assinatura, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, destacou a importância de se garantir que todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras possam exercer livremente o seu direito de voto nas eleições deste ano.  

“Uma das coisas que a gente tem de entender é que aqui não tem bandeira política. Aqui não tem partidos e nem segmentos. Todas e todos têm que deixar o trabalhador, a trabalhadora, o servidor do público, terceirizado, colaborador, livre para votar”, disse o procurador-geral no evento de assinatura do aditivo do acordo.

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