O programa de desenvolvimento da capacidade e do talento do CRAEDI leva estudantes das oficinas de ciências e artes para aulas na UNIVALE com objetivo de estimular o aprendizado de estudantes com altas habilidades. O ensino de botânica oferece uma experiência rica e prática.
Ao longo de um ano, os estudantes participam de aulas teóricas e práticas de laboratório em parceria com Universidade Vale do Rio Doce (Univale).
Nesta quarta-feira (23) um grupo de 10 alunos estiveram no laboratório do Curso de Agronomia da Univale para uma aula prática para entender o processo de fotossíntese.
Os alunos aprendem sobre temas essenciais da botânica. Entre os tópicos abordados estão estudo morfológico das folhas, classificação taxonômica de alguns exemplares de plantas medicinais, produção de exsicatas, estudo sobre o pH do solo e sua influência no desenvolvimento das plantas, o processo de fotossíntese, responsável pela produção de energia a partir da luz solar, e o estudo de plantas medicinais, explorando suas propriedades curativas, além de visita de campo à fazenda da UNIVALE para explorar a flora de nossa região. As aulas são dinâmicas e envolventes, permitindo que os alunos relacionem teoria e prática.
A professora e engenheira agrônoma, Janaina dos Santos Alves, explicou o que os alunos estão aprendendo nas aulas práticas de laboratório.
“Este é o nosso sexto encontro e estamos trabalhando com as plantas medicinais. Em cada encontro desenvolvemos alguma área dentro da agronomia como a produção de mudas, eles também conheceram um pouco sobre o solo. E hoje nos despertamos a curiosidade deles em relação à fotossíntese e à anatomia vegetal. Eles vão ter a oportunidade de ver alguns cortes anatômicos, as células de partes da planta no microscópio para ver os pigmentos que são importantes no processo fotossintético.
A professora da oficina de ciências do Craedi, Silvia Mara Barbosa, era só orgulho dos pequenos aprendizes.
“Essa abordagem prática e interativa, enriquece o processo de aprendizagem, oferecendo aos alunos a oportunidade de desenvolver suas habilidades científicas de forma aprofundada e aplicada, sempre com o suporte e a orientação de um profissional altamente capacitado. O resultado é um ensino diferenciado, que estimula a curiosidade e promove o desenvolvimento do pensamento crítico. O trabalho tem a participação ativa dos estudantes no planejamento e na escolha do conteúdo. Busquei a parceria com a UNIVALE porque acredito que tem muito a agregar ao aprendizado deles e espero que possamos repetir a parceria”; enfatiza.
Maria Luisa Alves Simões de apenas nove anos considera as oficinas uma oportunidade de conhecer coisas que ela não aprenderia no dia a dia. “A aulas no laboratório é muito interessante porque a gente consegue descobrir mais sobre o mundo das plantas, como elas se reproduzem, como elas têm seus pigmentos. Aprendi também sobre pH do solo, que é a parte que eu achei mais legal”; disse.
Outra aluna fascinada com aulas práticas é Rebeca Vitória Fernandes Rios.
“As aulas são muito divertidas porque a professora Silvia sempre tenta trazer algo novo e quando não entendemos ela tem toda aquela paciência para explicar e ela sempre fica atenta quanto as nossas dúvidas. Eu tinha uma plantinha em casa que plantei e ela não estava crescendo por nada, aí eu aprendi durante as aulas a medir o pH do solo e agora posso cuidar melhor das minhas plantas”; acrescentou.
Para Yasmin Sâmara Lopes Fernandes, de 14 anos, as aulas integradas são especiais porque conscientiza e ensina a cuidar e ajudar do meio ambiente.
“Eu faço oficina de arte e genética. A oficina de arte e de ciências são interligadas uma com outra e para mim acompanhar as aulas de botânica está sendo uma experiência ótima. Além de aprender mais sobre algo que eu já curiosidade, vou aprender mais coisas sobre a natureza, plantas medicinais, o solo e isso vai me ajudar em várias coisas no meu dia a dia”, afirmou.
Os alunos que participaram da aula são de quatro escolas municipais de Governador Valadares: Professor Helvécio Dahe, José Ângelo de Marco, Octávio Soares Ferreira e Maria Elvira Nascimento.
Todos os conhecimentos adquiridos sobre a botânica são também levados para a oficina de arte onde eles trabalham cores, texturas e formas das plantas com a professora Adriana Monteiro, onde eles produzem pintura e desenho.
As oficinas das Altas Habilidades
A pessoa com altas habilidades apresenta um desempenho excepcional em uma ou mais áreas do potencial humano, como inteligência espacial, corporal, musical, linguística, lógica, interpessoal e intrapessoal.
Além de atendimento especializado para crianças com deficiência, o Centro Municipal de Referência e Apoio à Educação Inclusiva Dr. Dilermando Dias Miranda (Craedi) também oferece diversas oficinas para expandir o dom dos alunos com altas habilidades, como artes, cinema, inglês, produção de textos, jogos de matemática, educação financeira, geografia e ciências.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social