Alunos de Psicologia da UNIVALE participam da festa indígena Pataxó 

Após a visita, os estudantes compartilharam suas experiências com os colegas do curso
Os alunos da Univale tiveram a oportunidade enriquecedora de participar da festa indígena Pataxó, na aldeia Gerú Tucunã, no município de Açucena. Foto: Divulgação Univale
sábado, 27 abril, 2024

Por Lígia Heringer

No último dia 19 de abril, os alunos do 2º período do curso de Psicologia da UNIVALE, sob o convite da professora Sueli Siqueira, tiveram a oportunidade enriquecedora de participar da festa indígena Pataxó, na aldeia Gerú Tucunã, no município de Açucena. Após a visita, os alunos compartilharam suas experiências em uma apresentação para suas turmas e colegas do 1º período de Medicina.

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Foto: Divulgação Univale

A professora Sueli Siqueira, responsável pela disciplina de Antropologia da Saúde, destacou a importância da visita anual à aldeia.

“Nessa disciplina, nós discutimos exatamente a relação entre cultura e saúde, e agora nós estamos no momento de discutir sobre a identidade do povo brasileiro. E essa identidade está relacionada com a formação do povo brasileiro, que são os povos nativos, que são os povos originários; os portugueses, que chegaram como conquistadores, para tomar posse da terra; e os africanos, que vieram como força de trabalho, num processo de migração forçada”, disse.

Durante a visita, os estudantes tiveram a chance de vivenciar aspectos diversos da cultura indígena, incluindo o café da manhã e a participação em festividades, como a de um casamento tradicional. Eles também conheceram de perto a luta e a resistência do povo Pataxó, que conseguiu recuperar uma área devastada e reconstruir a floresta, ao longo de mais de uma década.

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Abraão Pereira dos Santos Gomes, um dos estudantes participantes, compartilhou parte do aprendizado obtido durante a festa.

“A celebração do Dia dos Povos Indígenas tinha como objetivo honrar a cultura indígena e lembrar eventos históricos significativos, como o massacre de 1951, onde indígenas Pataxó foram exterminados. É uma cicatriz aberta para esse povo”, contou, demonstrando a importância de reconhecer e respeitar as comunidades indígenas.

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Fotos: Divulgação Univale

Além disso, Abraão destacou a mudança de percepção em relação do termo “índio” para “indígena”, buscando maior respeito e reconhecimento das identidades étnicas. Ele ressaltou a diversidade das etnias indígenas no Brasil, como os Pataxó, Tupi e Guarani, e a necessidade de compreender e valorizar suas culturas.

“O termo indígena foi escolhido por ser mais apropriado. Vem do latim e significa povo originário de uma terra. Então, houve essa troca como uma forma de reconhecimento e respeito a essas comunidades”, explicou. 

A experiência dos alunos durante a festa indígena não apenas trouxe enriquecimento acadêmico, mas também proporcionou reflexões profundas sobre a importância da diversidade cultural e da preservação das tradições indígenas para a construção da identidade brasileira.

A experiência foi compartilhada com os colegas em sala de aula

Diante dos colegas do 2º período de Psicologia matutino e 1º período de Medicina, os quatro alunos que visitaram a aldeia - Kalliany Meire Dias, Maria Eduarda Ferreira Santiago, Camila Pereira dos Santos Gomes e Abraão Pereira dos Santos Gomes - compartilharam suas impressões, aprendizados e reflexões sobre a participação nos festejos e o conhecimento adquirido sobre a cultura Pataxó.

A professora Sueli, mentora dessa jornada cultural, destacou a importância desse tipo de vivência para o entendimento da relação entre cultura e saúde:

“Compreender essa formação da identidade é crucial para a promoção da saúde, especialmente para os futuros profissionais de Psicologia e Medicina, que têm como objetivo primordial a promoção da saúde em suas atividades profissionais”.

O retorno dos alunos da aldeia Pataxó reforçou o compromisso desses futuros profissionais com uma prática intercultural e sensível às diversas realidades que compõem o cenário brasileiro.

A experiência não apenas enriqueceu suas perspectivas acadêmicas, mas também os preparou para atuar de forma mais inclusiva e consciente no campo da saúde.

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