Com informações do site oficial QConcursos Folha Dirigida
Com a proximidade do Concurso Nacional Unificado, uma pergunta tem se tornado cada vez mais frequente entre os candidatos: o CNU vai cobrar redação?
A resposta é sim — e mais do que isso, a prova discursiva pode ser um dos grandes diferenciais para conquistar uma vaga no serviço público.
► Aquecimento Maratona CNU 2025. Comece AGORA a estudar gratuitamente com os professores do Qconcursos
É importante ressaltar que o modelo de redação do CNU exige clareza, lógica e domínio dos temas da atualidade, além de atenção a critérios técnicos como coesão e coerência.
Segundo a professora Thais Batista, especialista em Língua Portuguesa e redação do Qconcursos, o segredo está em saber argumentar com consistência e precisão.
“Você pode ter ideias geniais, mas se não conseguir expressá-las com clareza, a nota não vem”, destacou durante uma live recente com orientações práticas para quem vai enfrentar esse desafio.
A redação no CNU será uma questão discursiva com tema único, e os candidatos deverão apresentar uma resposta bem estruturada, com embasamento crítico e respeito às normas gramaticais.
E para sair na frente, vale começar agora a treinar e refletir sobre os assuntos que mais impactam o Brasil e o mundo.
Por isso, reunimos as principais dicas da professora Thais Batista, além de possíveis temas que podem ser cobrados na prova de 2025.
Redação no CNU: o que esperar da prova?
O Concurso Nacional Unificado (CNU) prevê a aplicação de uma prova discursiva como parte da primeira etapa. Essa redação, também chamada de questão discursiva, é comum a todos os blocos temáticos e terá peso importante na nota final do candidato.
O conteúdo e a forma de cobrança podem variar conforme o perfil do cargo, mas o estilo exigido é sempre dissertativo-argumentativo, com foco na análise crítica e argumentação estruturada.
Segundo a professora de Língua Portuguesa Thais Batista, do Qconcursos, o candidato deve ficar atento ao formato.
“O CNU vai trabalhar com uma questão. É uma pergunta, e você vai responder dentro dos critérios apresentados pela banca.”
→ Baixe o Guia das Agências Reguladoras no CNU – Gratuito!
Dicas de estrutura e construção textual
De acordo com a professora, para mandar bem na redação do CNU, é fundamental focar na coesão e na coerência textual.
“Todo texto discursivo precisa ter coesão e coerência. É o casamento que precisa dar certo.”
A coesão diz respeito à conexão correta entre as ideias, utilizando conectivos e pontuação adequada, enquanto a coerência garante a lógica do raciocínio apresentado.
Outro ponto de atenção é a escolha dos conectivos certos. Usar elementos como “embora”, “porque”, “portanto” e “conquanto” de forma incorreta pode prejudicar a argumentação.
“O grande problema da discursiva é o aluno pensar uma coisa e escrever outra, usando o conectivo errado”.
Como treinar para a redação do CNU?
Para se preparar, o candidato deve:
- Estudar temas de atualidades e direitos sociais;
- Fazer simulados e rascunhos de redações anteriores;
- Praticar o uso de conjunções e pontuação;
- Avaliar a própria escrita com base em critérios de clareza, objetividade e lógica.
“Você provavelmente tem ideias geniais. O problema é passar isso para o papel. Escrever de forma lógica e coesa, porque nos falta gramática.”
Quais temas podem cair na prova discursiva?
Embora o edital do CNU ainda não tenha revelado os temas exatos da prova discursiva, temas de interesse público, ética, cidadania, política e direitos sociais são bastante prováveis.
A banca tende a propor questões relacionadas a atualidades e políticas públicas, o que exige do candidato conhecimento de mundo e capacidade de argumentação lógica.
Durante a live, Thais Batista propôs exemplos práticos que ajudam a prever o estilo da prova. Um dos exercícios foi baseado na discussão do “jeitinho brasileiro” como forma de desvio ético.
“A ânsia de obter vantagem é tanta que os brasileiros violam princípios éticos e morais. Aqui a conjunção ‘tanta que’ indica causa e consequência — isso pode ser trabalhado na sua questão discursiva”, exemplificou.
Outros possíveis temas incluem:
- Desigualdade social no Brasil;
- Inteligência artificial e impacto no mercado de trabalho;
- Sustentabilidade e responsabilidade ambiental;
- Combate à desinformação e fake news.
Próximos passos do concurso CNU
A FGV foi escolhida como banca do Concurso Nacional Unificado 2025 e agora a expectativa é pela publicação do edital, previsto para julho.
A banca será responsável por organizar a logística da aplicação das provas, receber inscrições, publicar resultados e elaborar os conteúdos das avaliações objetivas e discursivas.
Além disso, o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 segue avançando com etapas importantes já confirmadas e novos órgãos autorizados a participar.
As atualizações recentes, divulgadas por meio de portarias no Diário Oficial da União, ampliam ainda mais o número de vagas disponíveis e reforçam a expectativa por um dos maiores concursos da história do serviço público federal.
Mais órgãos e vagas são autorizados para o CNU
Na edição de 2025, o Concurso Nacional Unificado contará com a participação de novos órgãos públicos e agências reguladoras.
A autorização para provimento de vagas abrange cargos de nível médio e superior, com oportunidades distribuídas em áreas como Saúde, Educação, Administração, Regulação e Tecnologia.
Entre os destaques, estão:
- INSS: 300 vagas para Analista do Seguro Social;
- Enap: 120 vagas para Técnico em Assuntos Educacionais;
- Agências reguladoras: mais de 500 vagas em cargos como técnico e especialista em regulação, distribuídos entre Anatel, Anvisa, ANP, ANTT, ANAC, ANM, ANS, Ancine, Antaq, entre outras;
- Comandos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica);
- Ministérios diversos, como Cidades, Turismo, Saúde e Pesca;
- Instituições culturais e de pesquisa, como Iphan, Funarte, Biblioteca Nacional e Fundacentro.
A lista completa inclui ainda autarquias como o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e o Hospital das Forças Armadas (HFA).
Cronograma previsto do CNU 2025
O cronograma da segunda edição do Concurso Nacional Unificado já tem datas indicadas pelo Governo Federal.
O processo seletivo seguirá um modelo de etapas distintas, com provas em dias separados:
Contratação da banca organizadora: até 16 de junho de 2025;- Publicação do edital e abertura das inscrições: julho de 2025;
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025;
- Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025;
- Divulgação dos resultados: fevereiro de 2026.
As etapas serão aplicadas em mais de 200 cidades em todo o país, com possibilidade de ajustes na lista de municípios. A separação das provas objetiva e discursiva tem como objetivo melhorar a logística e proporcionar uma melhor experiência aos candidatos.
CNU terá nove blocos temáticos e mais questões
Assim como na primeira edição, o CNU será organizado por blocos temáticos, agrupando órgãos e cargos com perfis semelhantes.
Para 2025, o número de blocos aumentará de 8 para 9, com dois blocos exclusivos para cargos de nível médio.
A prova objetiva contará com mais questões, conforme previsto pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), tornando a avaliação mais abrangente. Já a prova discursiva será aplicada apenas aos candidatos habilitados na objetiva, com conteúdo específico de acordo com o bloco e a carreira escolhida.
Criação de novas carreiras transversais
O Governo Federal também publicou a Lei nº 15.141/2025, que cria duas novas carreiras transversais, com oportunidades previstas no CNU 2025:
- Analista de Desenvolvimento das Políticas Públicas de Justiça e Defesa;
- Analista de Desenvolvimento Socioeconômico.
Esses cargos exigem nível superior completo, e a remuneração será por meio de subsídio fixo, partindo de R$9.711,00 e podendo chegar a R$21.070,00 ao final da carreira.