Professor de Geografia na Escola de Ensino Fundamental e Médio Honório Fraga, em Colatina, no Espírito Santo, José Augusto de Araújo Pires da Luz é mestrando em Gestão Integrada do Território (GIT), na UNIVALE, e em setembro deste ano defenderá dissertação com foco na Educação Ambiental e Gestão de Resíduos Sólidos a partir da Coleta Seletiva. Parte de seu aprendizado foi compartilhado com seus alunos de Colatina, em uma visita técnica à foz do rio Doce, na Vila de Regência, localizada no município capixaba de Linhares.
A atividade, uma disciplina eletiva intitulada “A 3ª Margem do Rio Doce: Lugar, Ambiente e Memória”, foi realizada para mostrar para os estudantes a importância ambiental do rio, ensinando a valorização do patrimônio natural e cultural do Espírito Santo. A disciplina eletiva teve a participação de 114 alunos, dos três anos do ensino médio.
José Augusto avalia que, sob a ótica da Educação Ambiental Crítica, pesquisada por ele no mestrado, foi possível contemplar com os alunos do ensino médio os conflitos de ordem socioambiental no rio Doce, propondo ações comprometidas com a preservação ambiental e valorização do patrimônio existente no espaço vivido. “A problemática ambiental está intrinsecamente associada ao problema social, não há como separá-los”, frisou o mestrando.
O professor aponta ainda que são várias as possibilidades de análise participativa do território e de suas multiterritorialidades nos municípios capixabas cortados pelo rio Doce, com foco em Colatina. “A interconexão da economia, ambiente e sociedade é permeada pelas relações de poder desenroladas no território. A Gestão Integrada do Território pavimenta o caminho a partir de uma abordagem interdisciplinar da região do Vale do Rio Doce”, salientou José Augusto.
Bruno Capilé é professor de José Augusto no mestrado e elogia o trabalho feito com os jovens capixabas. “A iniciativa de José tem muito de sua índole como professor de Geografia e suas inquietações de como explicar o mundo para seus alunos. Vejo com muita clareza e felicidade o amadurecimento de suas ideias, agora potencializadas com as leituras e debates na área de Gestão Integrada do Território. Essa iniciativa representa a necessidade do corpo discente do mestrado GIT atuar ativamente nos territórios onde habita e trabalha, enquanto desenvolve sua pesquisa”, ponderou Capilé.