por Gi Xavier
Com iniciativa do Governo Estadual esse foi um trabalho que reuniu diversas pesquisas sobre os saberes ligados ao milho e à mandioca, que por meio de inventário, levantado pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico) identificou esses ingredientes como parte da origem e base da cozinha mineira. E que mesmo esses ingredientes sendo endêmicos em todo País, são grande fonte de renda para muitas comunidades de Minas Gerais, como por exemplo as casas de farinhas, com uma série de subprodutos a partir desses.
“Quase 700 moinhos de milho e casas de farinha de mandioca foram identificados em Minas, o cadastro foi viabilizado por meio da ação conjunta entre IEPHA - MG, prefeituras, instituições de ensino, comunidades e pesquisadores” (www.cozinhamineirapatrimonio.com.br)
“A ideia ao valorizar esses produtos é garantir nossa mineiridade, essa troca cultural quando recebemos os portugueses e os próprios índios que são os povos originários, isso trouxe uma miscelânia para nossa cozinha, perpetuando assim a nossa própria história, valorizando também a nossa gastronomia” afirma a Diretora de Turismo de Governador Valadares, Betina Tassis.
Para o Coordenador da Frente Mineira de Gastronomia, Chef Edson Puiati “esse trabalho é manter a tradição e pensar também no contemporâneo, pois com trezentos anos de gastronomia mineira, sem perder a nossa história, os passos tradicionais, podemos trazer releituras com um universo de ingredientes muito ricos”.
O Chef Puiati ainda reforça a importância da patrimonialização, que “após a nível Estadual, podemos com isso levar ao Brasil reconhecer a nossa cozinha mineira como patrimônio nacional imaterial, e quiçá mundial”
Para Betina Tassis, “a nossa gastronomia atrai turistas do mundo inteiro, que ao chegarem no Brasil eles querem conhecer a cozinha mineira, nossas igrejas, os povos tradicionais com suas manifestações folclóricas. Portanto, é fundamental preservar a cultura dessa culinária”.
Para deixar registrada a vinda do Chef Puiati à Governador Valadares, através da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SCELT) em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), vários estabelecimentos aceitaram o desafio de interiorizar a cultura ao desenvolverem pratos típicos com releituras por meio desses ingredientes, o milho e a mandioca, para participarem assim de uma das categorias a serem julgadas no Festival ABRASEL de Gastronomia que aconteceu nesse fim de semana (29 e 30/9) na cidade.
Tudo que está ligado diretamente à gastronomia está ligado ao campo, por isso você pode acompanhar toda a entrevista com o Chef Puiati e a Diretora de Turismo, Betinna Tassis nas nossas redes sociais, no quadro “Vem do Campo com Gi Xavier”: @jornaldaciadegv e @agiseleXavier