Logo Jornal da Cidade - Governador Valadares

Violência Contra Mulher: campanha é realizada na Praça dos Pioneiros

Evento acontecerá amanhã (22) com o objetivo de conscientizar a população sobre a realidade dos diversos tipos de violência cometidos contra as mulheres e a importância do enfrentamento a esta prática criminosa
A programação será uma alusão ao dia 25 de novembro, quando se celebra o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. Foto: Reprodução da Internet
quinta-feira, 21 novembro, 2024

Amanhã (22), a Praça dos Pioneiros será palco do 2º Encontro da Não-Violência Contra a Mulher.

Das 8h30 às 12h, o público que passar pela praça poderá assistir a palestras, apresentações culturais, participar de sorteios e interagir com profissionais de diversas áreas que estarão mobilizados para promover um espaço de conscientização sobre a violência contra as mulheres, que tem se apresentado em uma esfera global e persistente ao longo da história.

A programação será uma alusão ao dia 25 de novembro, quando se celebra o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Toda a rede de serviços do município das áreas de Assistência Social, Educação e Saúde estará presente, assim como instituições parceiras, realizando atendimentos às mulheres que participarem.

Orientações, aferição de pressão, auriculoterapia, massagem relaxante, corte de cabelo, apresentações culturais e um café da manhã para os participantes.

Casos e ciclo da violência

Assistente Social referência em violência doméstica contra mulheres do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEF) que funciona no Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) / Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), Shirley Fátima de Freitas Costa revela que a violência doméstica contra mulheres é frequente também em Governador Valadares.

“O CREAS registrou de julho a novembro deste ano cerca de 300 casos de violência cometidas contra mulheres entre 18 a 59 anos. Os tipos de violência variam entre: física, psicológica, sexual, patrimonial, moral, negligência ou abandono”, disse.

Ela ainda informou que os casos de violência psicológica lideram, com 116 registros, e são seguidos dos casos de violência física, com 54 notificações. E faz um alerta de que o número de mulheres vítimas de violência doméstica é maior que os registrados pelo CREAS, visto que os registros oficiais são apenas dos casos em que as mulheres aderem ao acompanhamento das equipes de assistentes sociais e psicólogas do PAEF.

A assistente social avalia que o maior desafio é a superação da dependência emocional das mulheres vítimas de violência que não conseguem romper o ciclo de agressão.

“Muitas mulheres vivem o ciclo de violência, mas não o reconhecem, bem como a necessidade de romper com ele porque são muito dependentes, principalmente patrimonial e emocionalmente. Elas acreditam no ciclo: há uma fase de lua de mel, depois de tensão marcada por gritaria e ameaças, e por fim, a violência. Depois vem a lua de mel de novo, e elas acreditam que ficarão bem, reiniciando o ciclo da violência”, contou.

O II Encontro da Não-Violência Contra a Mulher terá a participação, como palestrante, da promotora de Justiça, Carla Regina Goulart Salaro Duvanel, que está à frente do grupo GAR – grupo de articulação de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, e também da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), Tania Storck.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social

Gostou? Compartilhe...

Leia as materias relacionadas

magnifiercrossmenu