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Seminário sobre Violência contra Idoso encerra ações do Junho Violeta

Programação reuniu idosos e profissionais das Redes de Proteção Básica, Média e Alta Complexidade no CRAS Central
A programação do Junho Violeta em Valadares encerrou-se este ano, na última sexta-feira, com a realização do 1º Seminário Conscientização Sobre a Violência Contra os Idosos. Foto: Divulgação PMGV
segunda-feira, 1 julho, 2024

A programação do Junho Violeta em Governador Valadares encerrou-se este ano, na última sexta-feira (28), com a realização do 1º Seminário Conscientização Sobre a Violência Contra os Idosos.

A ação, que aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), foi promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), por meio de suas redes de Proteção Básica, Média e Alta Complexidade.

Participaram além dos profissionais da rede, idosos usuários dos CRAS e integrantes dos grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da SMAS.

Palestras, apresentações culturais e muito diálogo marcaram o ponto alto das ações voltadas à conscientização e combate à violência contra os idosos que acontecem durante todo o ano, mas têm o mês de junho como referência para o enfrentamento.

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Junho Violeta em 2006. O objetivo da campanha é despertar a sociedade no processo de sensibilização para coibir, diminuir e amenizar o sofrimento da pessoa idosa contra a violência que essa parcela da população sofre, muitas vezes, na própria família.

A secretária de Assistência Social, Adjani Botelho, destacou que a primeira edição do seminário buscou evidenciar o papel e a responsabilidade de toda a sociedade no enfrentamento dos diversos tipos de violência contra a pessoa idosa.

“Apesar das leis que garantem vários direitos ao idoso, a sociedade precisa estar atenta e ser atuante para que esses direitos sejam efetivamente assegurados, principalmente pelas famílias da pessoa idosa”, disse.

Vinculada à SMAS, em Valadares, a Coordenadoria de Apoio e Assistência ao Idoso (CAAI), recebe, em média, três denúncias por semana de violência, sendo os tipos mais frequentes a violência financeira e psicológica.

A coordenadora, Dirce Albino, avalia que a média é alta e acompanha a realidade nacional e faz um alerta.

“A população idosa no Brasil, aumenta e junto a violência contra este público. A conscientização das famílias e vizinhos de idosos é fundamental para o cuidado e a segurança dessa parcela vulnerável da população. Se ver ou perceber algo diferente relacionado a um idoso é crucial que seja feita a denúncia. E para isto, é preciso não apenas observar, mas ouvir e acreditar no idoso quando ele relata alguma situação. É comum as pessoas pensarem que, quando o idoso se queixa, trata-se de um quadro de confusão mental ou demência por ser uma situação narrada dentro da própria casa, mas é preciso atenção e acreditar no que pode ser um pedido de ajuda”, disse.

Fortalecimento da rede

Para a gerente da rede de Proteção de Média Complexidade da SMAS, Karla Castro, a importância do seminário está justamente no despertar das pessoas para estas realidades e, consequentemente, no fortalecimento da rede de proteção.

“O seminário fortalece toda a rede de proteção que desenvolve ações de conscientização e combate a realidade de violência contra o idoso durante todo o ano; fortalece também o idoso e suas famílias que, conhecendo seus direitos, tornam-se multiplicadores deste movimento de conscientização e enfrentamento da violência, empoderando-se para identificar casos passíveis de denúncias”, assegurou.

Os casos de negligência, violência física, abandono, violência financeira, psicológica e verbal fazem parte, segundo Karla Castro, das situações identificadas pelas equipes de profissionais das redes de proteção do município.

“Os casos chegam em forma de denúncia pelo Disque 100, Ouvidoria, Ministério Público e Creas.  A partir disso, a equipe de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos (PAEFI) faz o acompanhamento destas pessoas que estão em situação de direitos violados até que a situação de violação seja sanada”, explica.

Segundo ela, a resistência por parte de famílias neste contexto de violação é uma das dificuldades, mas que é superada com a atuação da equipe bem preparada e formada por psicólogos e assistentes sociais.

“Os profissionais buscam o diálogo com as famílias, fazem a escuta e a partir disto acompanham essas famílias num processo de construção de propostas para a superação da violação de direitos”, finalizou.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social da Prefeitura de Governador Valadares

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