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Prefeitura explica processo de pavimentação e recuperação de vias

A cidade está recebendo obras de pavimentação e recuperação de vias por meio dos programas Valadares Recupera Vias e Valadares 100% Pavimentada, mas, para que os trabalhos sejam executados com qualidade e segurança, vários processos estão envolvidos
Só se ouve falar nos programas Valadares 100% Pavimentada e Valadares Recupera Vias, que têm transformado a vida dos valadarenses, levando pavimentação de qualidade aos quatros cantos da cidade. Foto: Divulgação PMGV
quarta-feira, 19 junho, 2024

Agora, só se ouve falar nos programas Valadares 100% Pavimentada e Valadares Recupera Vias, que têm transformado a vida dos valadarenses, levando pavimentação de qualidade aos quatros cantos da cidade.

Mas, até esse benefício chegar à porta de quem precisa, vários processos, equipes e máquinas estão envolvidos. Conheça abaixo os tipos de recuperação e também os “vilões” do asfalto:

Reciclagem de asfalto

Quando se trata de vias de movimento intenso ou que não foram tão bem executadas, a reciclagem do asfalto tem papel fundamental.

A reciclagem é geralmente utilizada para realizar a restauração do asfalto, utilizando a camada já existente para melhorar a base.

Para isso, é feito o reprocessamento do pavimento antigo ou danificado, que é moído e misturado a novos agregados e ligantes asfálticos.

Em Valadares, a reciclagem tem sido bastante utilizada nos locais em que a base está muito comprometida, principalmente em razão do excesso de água, que penetra na pista e vai se espalhando, criando lombadas, buracos e fazendo o asfalto perder a sua rigidez.

Fresagem

Outras vias demandam o processo de fresagem, que consiste no corte de uma ou mais camadas do pavimento asfáltico por movimento rotativo contínuo, seguido da elevação do material fresado para a caçamba do caminhão basculante.

A fresa costuma ser utilizada nas vias que apresentam defeitos mais simples, como trincas no asfalto que, se não forem tratadas, durante as chuvas, a água penetra nelas, umedece a base e faz surgir os temíveis buracos.

Segundo o supervisor técnico de obras da empresa terceirizada 3T Engenharia, Wadson Lima Gomes de Freitas, “na rua Israel Pinheiro, mais especificamente nas proximidades da Univale, por exemplo, a base da via é considerada boa, no entanto, o asfalto estava cheio de trincas, o que deu abertura para infiltração e ocasionou os buracos.

Já na avenida Minas Gerais, há apenas alguns trechos com problemas como ondulações. Nesse caso, trata-se a base apenas desses pontos, sem precisar realizar grandes aberturas do pavimento, o que torna o trabalho mais sutil e rápido”.

Recapeamento

Não podemos nos esquecer do recapeamento, que se aplica quando não é necessário refazer a base, o que resolve o problema a médio prazo. Assim, o recapeamento permite nivelar a pista.

Os “vilões” do asfalto

Água

De nada adianta pensar em alternativas para garantir uma infraestrutura de qualidade nas vias se outros fatores interferem diretamente no andamento dos trabalhos.

É o caso da água, o maior inimigo da pavimentação de asfalto.

Durante os trabalhos, o clima pode estar nublado, mas não pode chover, pois o material para a pavimentação deve estar seco. I

nclusive, é justamente a água que dá origem aos “borrachudos”, que são aqueles buracos de grandes proporções em que os carros afundam, dando um baque.

Eles geralmente acontecem devido a problemas relacionados à umidade do solo, como, por exemplo, quando um cano de água estoura ou quando se lança material úmido na base. E isso gera defeitos na pista, que vão aumentando com o tempo.

Segundo Wadson, praticamente em todos os bairros em que as equipes atuaram houve problemas relacionados à água.

“Só para se ter uma ideia, na avenida Altino Marques, no bairro Elvamar, e na Washington Luiz, no bairro Santa Rita, tivemos um retrabalho por conta de água lançada pelos moradores no local.

Se a base já estiver pronta e as equipes estiverem aguardando apenas o asfalto, mas algum morador lavar a porta de casa ou uma rede de água estourar, o processo de reciclagem ou de tratamento dos borrachudos vai ficar comprometido, pois não saberemos se a água infiltrou no solo ou não, então, para garantir a qualidade do serviço, aquele trecho terá que ser refeito.

E isso implica mobilizar novamente equipamentos como a retro e caminhões para retirar o material e buscar material limpo, rolo para compactar, recicladora para homogeneizar o material, motoniveladora para poder acertar.

Sem contar o trabalho manual das equipes, o que acaba, consequentemente, atrasando a obra. E quando se trata de vazamentos de água sob responsabilidade das Águas de Valadares, dependemos deles para conseguirmos dar andamento aos trabalhos.

Portanto, a colaboração da população é fundamental para o andamento das obras, não lançando água nessas vias durante a execução dos trabalhos, tanto para preservar a qualidade da obra, quanto para garantir a agilidade dos trabalhos”. 

Dependência das usinas de asfalto

As obras de pavimentação muitas vezes esbarram também na dificuldade em poder contar com a usina de asfalto durante o tempo necessário para a execução dos trabalhos.

“Até o momento, a nossa região contava com a disponibilidade de três usinas de asfalto, que pertencem a empresas privadas e possuem vários outros clientes além da Prefeitura de Valadares.

Cada usina tem uma média de produção de 40 toneladas/hora de asfalto. Hoje, duas dessas usinas nos atendem.

No entanto, quando elas apresentam algum problema, as obras ficam paradas aguardando a manutenção. E já tivemos esse problema quando as duas usinas que nos atendem estragaram.

Apesar disso, recentemente 3T montou uma usina aqui em Valadares, que já está em operação, e tem capacidade de produção de 140 toneladas/hora, ou seja, é quase o dobro da capacidade das outras duas usinas juntas, o que vai agilizar bastante os serviços”.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social da Prefeitura de Governador Valadares

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