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Capacitação de Educadores de Medida Socioeducativa foca a inclusão de adolescentes

Próximo encontro acontecerá em julho no auditório da Superintendência Regional de Ensino de Governador Valadares
Os trabalhos foram conduzidos pelos profissionais que integram o Setor de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto do CREAS. Foto: Divulgação PMGV
quarta-feira, 12 junho, 2024

A primeira etapa da Capacitação para Educadores de Medida Sócio Educativa de Prestação de Serviço à Comunidade, promovida pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), abordou os vários aspectos do processo de acolhimento de adolescentes em situação de ato infracional e a importância do fator inclusão na construção de novos caminhos. Participaram representantes de instituições parceiras do município no acolhimento e acompanhamento desses adolescentes.

Os trabalhos foram conduzidos pelos profissionais que integram o Setor de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto do CREAS: psicólogos, assistentes sociais e pedagoga. A psicóloga, Cintia Sandes, destacou em sua abordagem que um dos propósitos da socioeducação é permitir que o adolescente em situação de ato infracional reconstrua seu projeto de vida.

“É importante que ao cumprir a medida socioeducativa, por meio da prestação de serviços à comunidade, ele se sinta acolhido pela instituição parceira e seja incentivado a acreditar na própria capacidade de integrar. Mas muitas vezes, os ambientes onde o adolescente deveria ser acolhido, o exclui. E a finalidade da socieducação é, ao contrário, a inclusão”, explicou ao sinalizar que um posicionamento excludente pode levar este adolescente a se envolver em novas situações infracionais. E citou que, de janeiro deste ano até o momento, quatro adolescentes acompanhados pelo CREAS foram assassinados por envolvimento com o tráfico.

Educadora social do Lar Fabiano de Cristo e acadêmica do curso de Serviço Social, Fernanda Rodrigues Miranda, aprovou o encontro de capacitação.

“Achei muito válido para que as instituições e profissionais que recebem os adolescentes, façam o acolhimento de forma adequada, humanizada. Esses adolescentes precisam do apoio e ajuda para que possamos contribuir para que ao encerrar a medida socioeducativa tenham a oportunidade de uma nova história”, ressaltou.

Fernanda Miranda ponderou ainda que o papel das instituições acolhedoras e de suas equipes profissionais se torna ainda mais relevante quando um dos principais gargalos do processo de ressocialização é a própria família dos adolescentes.

Segundo ela, por vezes, os adolescentes chegam às instituições onde prestarão serviços como medida socioeducativa sozinhos, e não contam com o acompanhamento da família.

“Estarmos preparados para esta realidade e sermos multiplicadores, inclusive articulando parceiros que possam garantir a eles oportunidades diferentes para o futuro ao encerrarem o cumprimento da medida é algo muito importante”, avaliou. 

O evento aconteceu no auditório do Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Atualmente, 100 adolescentes, entre 12 e 21 anos, cumprem medida sócio educativa, por meio da Prestação de Serviços à Comunidade, em Valadares.

A segunda etapa da capacitação acontecerá no dia 11 de julho, das 8h às 12h, no auditório da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Governador Valadares, no 6º andar da Galeria Wilson Vaz, centro da cidade.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social da Prefeitura de Governador Valadares

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