Conferência da Pessoa com Deficiência tem como foco luta por políticas públicas de inclusão

A 5ª edição marca o fortalecimento da luta da pessoa com deficiência
O evento aconteceu no auditório Hermírio Gomes da Silva, campus II da Universidade Vale do Rio Doce (Univale). Foto: Divulgação Secom PMGV. Créditos: Jheniffer Luiz
terça-feira, 31 outubro, 2023

Conhecer a realidade e os desafios das pessoas com deficiência em Governador Valadares e projetar um futuro que assegure a inclusão por meio de políticas públicas efetivas. Com este objetivo os participantes da 5ª Conferência Municipal da Pessoa com Deficiência trabalharam durante toda a tarde na construção de propostas, das quais, 15 foram escolhidas para serem apresentadas durante a Conferência Estadual que acontecerá no primeiro semestre de 2024.

Ao final também foram eleitos os delegados que representarão Valadares na próxima etapa. O evento aconteceu no auditório Hermírio Gomes da Silva, campus II da Universidade Vale do Rio Doce (Univale).

A Secretária Municipal de Assistência Social, Adjani Botelho Alvarenga, que no ato representou o prefeito André Merlo, destacou a importância da retomada da conferência municipal após oito anos desde a quarta edição do evento, em 2015. “Após um período de pandemia, estamos juntos para discutir políticas públicas direcionadas às pessoas com deficiência para melhorar seja a acessibilidade, seja a inclusão, por isso a importância das propostas que surgirão aqui do trabalho coletivo de todos”, ponderou.

Para o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), Valdivino Pereira de Araújo, o debate com a sociedade é fundamental para combater o preconceito que ainda atinge as pessoas com deficiência. “A conferência é um recurso que temos para envolver a sociedade e construirmos uma nova mentalidade acerca da pessoa com deficiência, a desigualdade no modo como a pessoa com deficiência é tratada é uma dura realidade, muitas vezes, por parte até mesmo dos governos. Com isso, a inclusão é o maior desafio para que tenhamos uma condição de igualdade para um desenvolvimento melhor das pessoas com deficiência”, avaliou.

Presidente da Equovila, Camilla Carvalho, disse que a conferência é um espaço importante para se discutir e criar, sob o ponto de vista da pessoa com deficiência, propostas de políticas públicas, contando com a participação da sociedade. “É uma oportunidade importante de sermos ouvidos pelas autoridades governamentais e por toda a sociedade sobre o que precisamos e é possível melhorar”, comentou.

Segundo ela, a acessibilidade é uma luta não apenas no aspecto estrutural de vias e edificações, “mas no que se refere à conscientização das pessoas sobre a necessidade de serem acolhedoras às demandas das pessoas com deficiência, porque termos o direito não é suficiente, é preciso a sensibilidade de reconhecer os pontos que ainda são um entrave e criar estratégias para que cada vez mais pessoas possam compreender e nos apoiar nas soluções necessárias”. A Equovila é uma associação que atende pessoas com deficiência física, intelectual e visual na busca da reabilitação por meio de terapias assistidas com equinos. Também oferece atividades de esporte, educação, lazer e cultura.

Mãe de uma adolescente com Síndrome de Rent, Enicélia Pereira Lage, há pelo menos 14 anos, abraçou a luta das pessoas com deficiência. “Quem não tem um filho com necessidade especial não sabe a dificuldade que enfrentamos diariamente. As pessoas precisam conhecer as vivências e os desafios das pessoas com deficiência, e se sensibilizar para fortalecermos a luta pela inclusão, que ainda não é uma realidade”, garantiu. E completou, “mesmo profissionais voltados para o atendimento de uma pessoa com deficiência e familiares têm dificuldades para promover esse objetivo que perseguimos”.

“Cenário atual e futuro na implementação dos direitos das pessoas com deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo” foi o tema central da conferência e que foi abordado pelo professor e pesquisador da Univale, Edmarcius Carvalho. A partir da palestra, os presentes se dividiram em grupos de trabalho para a discussão dos cinco eixos que orientaram a construção das propostas finais da conferência.

por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social

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